Resistência em variedades de milho crioulo a Spodoptera frugiperda em duas safras agrícolas

Spodoptera frugiperda e uma das principais pragas da cultura do milho no Brasil, devido ao ataque de suas larvas que causa prejuizos desde a emergencia da planta ate a fase de colheita. Esta praga tem sido controlada quase que exclusivamente com inseticidas quimicos sinteticos e plantas Bt (transgenicas); no entanto, evolucao de resistencia tem sido relatada a estas duas taticas de controle. Este estudo teve como objetivo avaliar a resistencia de diferentes variedades de milho crioulo a S. frugiperda na segunda safra de 2018, e na primeira safra de 2019, em Dourados, MS. Quatro variedades foram avaliadas, a saber: Perola (padrao resistente), Asteca Palha Roxa, Asteca Amarelo, e Milho Roxo. Na segunda safra de 2018, as avaliacoes foram realizadas nos estagios vegetativos V4, V6 e V8 (28 de junho a 26 de julho), mediante remocao e observacao do cartucho das plantas, quantificando o numero de lagartas, atribuindo notas de injuria foliar (escala de 1 a 9), e registrando o numero de plantas atacadas. Na primeira safra de 2019, as avaliacoes foram feitas nos estagios vegetativos V6, V7 e V8 (15 a 28 de janeiro), com a mesma metodologia mencionada acima. Os experimentos foram conduzidos em delineamento em blocos casualizados (DBC), com quatro tratamentos (variedades) e quatro repeticoes. A variedade Perola obteve os maiores niveis de resistencia a S. frugiperda , por possuir as menores notas de injuria foliar e menor numero de plantas infestadas, alem de ter um menor numero de larvas ao avaliar plantas V7 na primeira safra de 2019. Estes resultados podem auxiliar futuros programas de melhoramento de milho com o objetivo de desenvolver cultivares e hibridos resistentes a praga, e consequentemente reduzir a dependencia da agricultura com relacao aos inseticidas quimicos e as plantas transgenicas.