Comparação das internações em unidade de terapia intensiva neonatal e a estratificação de risco gestacional do Programa Rede Mãe Paranaense – contribuições para a Saúde Pública.

2018 
O presente estudo tem como objetivo comparar a estratificacao de risco gestacional do Programa Rede Mae Paranaense e sua relacao com os internamentos dos recem-nascidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Realizou-se um estudo quantitativo, longitudinal, epidemiologico, do tipo coorte, com acompanhamento dos internamentos dos recem-nascidos em unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Universitario Regional dos Campos Gerais no ano de 2016. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados, aplicado aos pais, apos o aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Tambem se obtiveram dados por analise documental em prontuarios medicos. Os dados obtidos foram planilhados em Excel, e para analise estatistica foi utilizado o Programa STATA. O publico-alvo foi constituido de 70 recem-nascidos que foram internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, sendo comparados com a estratificacao gestacional de suas maes. A populacao materna foi composta de mulheres brancas (76%) com nivel fundamental e medio de escolaridade e com idade media de 25 anos. O nivel de escolaridade encontrado foi o fundamental e medio. As faixas salariais obtidas com maior frequencia, de acordo com os criterios do IBGE, foram ate 4 salarios minimos. Os partos atuais foram em sua maioria hospitalares e com discreto predominio dos partos vaginais. Cerca de 100% das gestantes fizeram consultas de pre-natal, sendo que 68% realizaram mais de 5 consultas durante a gestacao. Em relacao a populacao dos recem-nascidos, 58% foram de prematuros, quando comparados a 42% de termos. Aproximadamente 46% nasceram com apgar maior que 8 no primeiro minuto. O peso de nascimento variou de 670 ate 4385 gramas. A media de internamento foi de 20 dias, variando de 14 dias no paciente a termo e 23 dias no paciente prematuro. Com relacao a comparacao dos internamentos em relacao a estratificacao gestacional 65,72% foram as de risco habitual. Realizou-se uma correcao da estratificacao encontrada no estudo, a qual foi chamada estratificacao corrigida. A correcao aplicada foi pela raca, idade e numero de partos anteriores e presenca de aborto. Realizou-se analise de associacao de risco e embora tenha sido encontrada uma razao de risco em alguns casos, com valores menores que 1, simulando uma protecao para algumas exposicoes, o valor de p nao foi significativo. O mesmo nao ocorreu para o desfecho diagnostico, onde o valor de p foi de 0,01 e 0,05 para a estratificacao encontrada e corrigida. A causa de internamento mais frequente foi a respiratoria (p= 0,001) e a hipoxia, nos recem-nascidos prematuros e de termo, respectivamente. Em analise de regressao linear observou-se que o aumento de uma semana na idade gestacional dos prematuros, aumenta a nota de apgar do primeiro minuto. Muitos estudos ainda devem ser realizados sobre o assunto, no intuito de mobilizar gestores de saude sobre estas novas Politicas Publicas de Saude a fim de minimizar obitos neonatais evitaveis.
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