Um feminismo radical é necessariamente um feminismo materialista

2021 
O presente trabalho parte das leituras e analises realizadas coletivamente pelo Grupo de Pesquisa Feminismo Materialista, na Universidade Federal de Uberlândia, que busca compreender as raizes dos processos de dominacao social, a partir dos nexos causais estabelecidos entre capitalismo, sexismo e racismo. Propomos aqui responder ao seguinte questionamento: um feminismo radical e necessariamente materialista? Para tanto, recorremos a analise de Christine Delphy a medida que esta apresenta os seguintes fundamentos: uma teoria critica da historia e o postulado de que a producao e reproducao da vida material sao a base da organizacao social. Apos discutir a proposta de feminismo materialista da autora, abordamos, a partir o pensamento de feministas radicais como Shulamith Firestone em A dialetica do sexo: um estudo da revolucao feminista, Gayle Rubin, em Trafico de Mulheres: Notas sobre a economia politica do sexo e Kate Millet, em Politica Sexual as possibilidades de interseccoes possiveis do feminismo radical com o feminismo materialista, formulado por Delphy. Os resultados dessas analises nos indicam que o feminismo radical nao  necessariamente sera um feminismo materialista, devido ao fato de que algumas autoras se afastam da perspectiva materialista e da abordagem da opressao de forma estrutural, ainda que busquem pele genese da opressao das mulheres e trabalhem com a ideia de revolucao.
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