ENTRE A PRISÃO DO CORPO E A LIBERDADE DA ALMA: a configuração do discurso imaginário presentes nas correspondências e diários de reeducandos

2014 
Todos os homens que vivem em sociedade estao sujeitos a transgressao de normas e condutas estabelecidas e, consequentemente,a serem punidos pela acao do Estado. Michel Foucault, em seu livro Vigiar e Punir (1975) fez uma arqueologia da prisao na modernidade, mostrando como do suplicio em praca publica, os transgressores foram, paulatinamente, encarcerados. A modernidade cria a prisao do corpo, que exclui o sujeito da vida social, mais que isso, expurga da ordem do discurso a fala dos prisioneiros. A proposta de nossa investigacao busca nao dar voz aos presos ja que eles nao sao mudos, apenas dar-lhes ouvidos, uma vez que a sociedade nao o faz. Nessaperspectiva analisaremos cartas de reeducandos e verificaremos os vinculos entre a representacao imaginaria; como esse detendo entende sua conduta, seus valores, seus vinculos sociais e o que a sociedade espera do mesmo, cujo teor, em principio, reproduz justamente o opostoque se espera de um marginalizado. Enfocaremos as representacoes que correspondem ao que a sociedade considera como normas de pensamentos e condutas no que diz respeito as instituicoes, como: familia, religiao, educacao. Nesse sentido, observamos que o discurso e formado e reforcado pelas forcas imaginarias decorrentes dos valores basicos da vida social.
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