Intervenção Fisioterapêutica nas Variáveis da Marcha de uma Idosa Institucionalizada com Esquizofrenia: Relato de Caso

2020 
Apesar do envelhecimento se tratar de um processo nao patologico, e comum observarmos a presenca de patologias, de cunho neurologico e psicologico como a Esquizofrenia. A Esquizofrenia tem seus sinais e sintomas manifestados atraves de delirios, alucinacoes, transtornos de pensamento, assim como comportamento motor desorganizado. Seu tratamento se da atraves de antipsicoticos e psicoterapia, entretanto, como um efeito adverso a medicacao, sintomas motores parecidos com a Doenca de Parkinson como alteracoes na marcha, podem ocorrer. Sobre a marcha, tal habilidade e dividida em periodo de apoio e de balanco. Alem disso, variaveis como comprimento do passo e da passada, largura do passo e velocidade da marcha se mostram importantes na independencia do individuo. O presente estudo teve como objetivo avaliar a intervencao Fisioterapeutica nas variaveis da marcha, comprimento do passo direito e esquerdo, comprimento da passada direita e esquerda, largura do passo e velocidade da marcha apos 12 atendimentos fisioterapeuticos. Trata-se de um estudo de caso com uma idosa de 70 anos, residente de um lar de idosos na cidade de Osorio-RS, diagnosticada com Esquizofrenia. Em marco de 2019 foi realizada a avaliacao fisioterapeutica da marcha, onde foram aferidos os valores das seguintes variaveis: comprimento medio do passo direito e esquerdo, comprimento medio da passada direita e esquerda, largura media do passo e velocidade da marcha. O protocolo de atendimento se deu por 3 atendimentos por semana, de 40 minutos cada, totalizando 12 atendimentos com as seguintes condutas: fortalecimento de membros inferiores, com exercicios de agachamento, de flexao plantar e flexao dorsal, sendo realizado em duas series de cinco repeticoes de maneira concentrica e excentrica. O treinamento de equilibrio postural foi empregado tanto em sua forma estatica, quanto dinâmica, em condicoes bipodal, unipodal em superficie estavel, com variacao entre olhos abertos e fechados, associados a tarefas simples e dupla-tarefa, realizando-se tambem exercicios de transposicao de obstaculos presentes no solo, slalom e movimentos horizontais e verticais da cabeca. Para o treinamento da marcha foram realizados treinos com pistas visuais e com dupla-tarefa. Apos a realizacao do protocolo terapeutico foi realizada a reavaliacao da paciente que apresentaram no qual se obteve a media do comprimento do passo direito antes: 17,35 cm, depois: 20,7 cm; media do comprimento do passo esquerdo antes: 14,97cm, depois: 21,2 cm; media do comprimento da passada direita antes: 31,16 cm, depois: 41,20 cm; media do comprimento da passada esquerda antes: 31,14 cm, depois: 39,67 cm; media da largura do passo antes: 19,74 cm, depois 21,44 cm; velocidade media da marcha antes: 0,24m/s, depois: 0,41m/s. Desta forma, as variaveis da marcha, comprimento do passo, passada e velocidade obtiveram aumento consideravel apos as 4 semanas de atendimento, demonstrando que a terapeutica abordada foi efetiva nos aspectos da marcha analisados. Sugere-se novas pesquisas com grupos amostrais maiores que propiciem maior evidencia cientifica dos aspectos analisados neste estudo.
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