Produção de etanol nos Estados Unidos da América

2011 
O tema politica industrial e fonte de intensos e frequentes debates em foros internacionais. Alguns especialistas chamam a atencao sobre a oposicao explicita de paises industrializados a interferencia estatal e a favor do livre mercado. Sabe-se, porem, que, na pratica, esses mesmos paises tambem se valem de diversos instrumentos para apoiar setores estrategicos para a sua economia. A politica norte-americana do etanol de milho e um exemplo tipico dessa politica. Em 2000, os Estados Unidos produziram 6,2 bilhoes de litros de etanol de milho, um negocio que se multiplicou por oito, ate o final de 2010 (com 49,3 bilhoes de litros). Em 2011, a industria do etanol gerou demanda por 128 milhoes de toneladas de milho nos EUA, volume superior a duas safras brasileiras do cereal. Apesar de o pais produzir internamente o milho de que necessita para a producao do etanol, a politica gerou vies de alta nos precos das commodities agricolas no mercado mundial, desde a sua implementacao. A Lei de Energia Americana preve que, em 2022, serao produzidos 136 bilhoes de litros de etanol, os quais serao adicionados a gasolina. A expectativa e de impactos ainda maiores nos mercados agricolas. Os gastos do orcamento americano para sustentar essa politica e os ganhos ambientais sao temas recorrentes na discussao norte-americana sobre o etanol. Porem, o que esta em questao para os EUA e, sobretudo, a soberania e a seguranca da matriz energetica do pais. Por sua vez, o que interessa ao Brasil e a eliminacao da tarifa de importacao, de US$ 0,54 por galao, sobre o etanol brasileiro.
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