A AUSÊNCIA DOS FAMÍLIARES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

2018 
Introducao: A atitude de proibir a permanecia dos familiares de clientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por muitos anos foi visto como algo que tornava o atendimento qualificado, uma vez que a rotina de uma UTI e extremamente complexa e pode ser vista de forma agressiva por pessoas leigas. Nos ultimos anos esse pensamento vem sofrendo mudancas e varios fatores ja apontam que a proibicao do acompanhante em tempo integral na UTI traz diversos maleficios tanto para o cliente quanto para os familiares. Objetivo: O objetivo deste trabalho e explicitar os maleficios ocasionados pela ausencia dos familiares na Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: Trata-se de uma revisao integrativa da literatura e seguiu as seguintes etapas: definicao da questao norteadora, selecao dos descritores, definicao dos criterios de selecao, levantamento do material bibliografico, organizacao das categorias e analise dos dados obtidos. A questao norteadora do estudo foi: Quais os maleficios ocasionados pela ausencia dos familiares na Unidade de Terapia Intensiva? Para responder ao questionamento e contemplar o objetivo proposto foi realizado o levantamento bibliografico incluindo todos os artigos sobre a tematica, publicados no periodo de 2005 a 2018 e indexados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciencias da Saude (LILACS). Foram utilizados como criterios de selecao: artigos em portugues; disponiveis na integra, indexados pelos termos dos Descritores em Ciencias da Saude (DECS): “Unidades de Terapia Intensiva” e “Cuidados Criticos”. A busca foi realizada em julho de 2018. Foram encontradas 11 publicacoes, onde 4 nao contemplavam o tema, assim 7 publicacoes foram selecionadas. Resultados: Quando o cliente conta com a companhia de algum familiar, nota-se que varios parâmetros melhoram e consequentemente quando existe a ausencia deste acompanhante, e possivel perceber uma piora tanto no quadro do cliente, como no temperamento do mesmo. Os estudos apontam que a alteracao mais notada e a temperamental, por meio da agitacao, uma vez que o cliente que se encontra sozinho em uma UTI tende a ser mais agitado, precisando por vezes ser mantido contido, dificultando assim o servico da equipe e por vezes atrasando o resultado de sua terapia. Outro fator bem citado e a alternância dos batimentos cardiacos, o cliente nao acompanhado tende a ter uma alteracao em seus batimentos cardiacos, que no horario da visita, por exemplo, e normalizado frente ao seu acompanhante. Privar um cliente da companhia de seu familiar dificulta toda a mobilizacao diante da tentativa de tornar a assistencia prestada na UTI mais humanizada. Por consequencia, atualmente algumas instituicoes ja vem adotando a companhia como rotina, a fim de tornar o periodo de internacao menos traumatizante e doloroso ao cliente e consequentemente aos seus familiares, assim como o servico prestado pela equipe menos tecnicista e mais afetuoso. Conclusao: Conclui-se que a presenca dos familiares em um ambiente de UTI e um fator extremamente relevante, ja que a presenca dos mesmos torna os clientes internados mais confiantes e tranquilos. Sem duvidas o atendimento humanizado e o caminho para ofertar uma melhora nos servicos de saude, e trazer o familiar para dentro da Unidade de Terapia Intensiva e indiscutivelmente um ato de humanizacao, principalmente em relacao a visao do cliente.
    • Correction
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []