Corpos Trans* na Medida Socioeducativa de Internação: Desestabilizando Práticas e Produzindo Novidades

2019 
Resumo O presente trabalho discute como a chegada de uma jovem trans* em uma unidade feminina de internacao do Departamento Geral de Acoes Socioeducativas (Degase-RJ) movimentou, produziu tensoes e revelou importantes dinâmicas, praticas e discursos a respeito de genero, sexualidade, transexualidade e direitos. Tomando como acontecimento a chegada de dessa jovem, a qual chamaremos de Estrela, procuramos identificar as forcas que possibilitam e/ou dificultam a discussao de genero no sistema socioeducativo, bem como os modos como o corpo de Estrela produz movimentos instituintes que desestabilizam certezas e verdades a respeito do genero, do sexo e do desejo. O trabalho se desenvolveu a partir de duas pesquisas realizadas na referida unidade, ambas pautadas pelo paradigma etico/estetico/politico da cartografia. Buscando acompanhar alguns processos desenrolados a partir da chegada de Estrela, como a criacao de um Grupo de Trabalho sobre diversidade sexual e de genero e a producao do Regimento Interno do Degase (Decreto n. 46.525/18), discutimos como a presenca da jovem demandou a criacao de acoes e estrategias institucionais que, nao sem dificuldades e desafios, buscaram pautar a tematica de genero a partir de uma perspectiva da garantia de direitos.
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