Cefaleia : cuidado inicial e atendimento na cidade de Catanduva,SP

2000 
O objetivo do traballio foi realizar estudo epidemiologico de cefaleia em servico de atencao primaria. Foram avaliados o comportamento do paciente quanto ao sintoma cefaleia, o comportamento do medico diante do disturbio cefaleia, a apreciacao da acuracia diagnostica e a adequacao do tratamento proposto. Utilizou-se o metodo da entrevista face a face, orientada por questionario, realizada por um mesmo neurologista com treinamento em cefaleia. A amostra constou de pacientes atendidos em ambulatorio geral de empresa privada, em pronto-socorro e em consultorio privado. Foram estudados 1234 pacientes [43,52% do sexo feminino e 56,48% do sexo masculino]. A maioria deles encontrava-se entre 16 e 45 anos de idade (78,12%). A prevalencia de cefaleia foi de 93,84%, predominando no sexo feminino (96,65%). Em relacao ao comportamento do paciente, a maioria (56,74%) nao procurou atencao medica para cefaleia. A mulher procurou mais frequentemente (57,09%) os servicos medicos. A maioria dos pacientes consultou 01 (47,31 %) e 02 (20,96%) medicos para cefaleia. Os tipos de atendimentos medicos mais procurados foram o de clinica geral (44,52%) e o de neurologia ou de neurocirurgia (27,95%). A auto-medicacao para alivio da dor de cabeca foi utilizada por 83,72% dos pacientes, predominando no sexo feminino. A media de duracao do sintoma foi de 12,2 :tIO,3 anos. A media de tempo levado pelo paciente para procurar o medico foi de 4,8:t6,9 anos. Quanto ao comportamento do medico, observou-se que o diagnostico mais realizado nas consultas iniciais para cefaleia foi o de sinusopatia (33,93%). A migrânea foi diagnosticada em 17,37%, predominando no sexo feminino (72,41 %). A cefaleia nao foi diagnosticada em 15,97% dos pacientes. Os medicos nao solicitaram investigacao complementar para 52,30% dos pacientes. Quando o fizeram, o EEG (38,08%) seguido do Rx de crânio ou seios da face (22,59%) foram os mais ftequentes, em especial no sexo feminino. O tratamento mais recomendado foi do tipo abortivo (34,81 %) em comparacao ao tratamento profilatico (6,65%). A classificacao das cefaleias, segundo a SI C, mostra que, no grupo que procurou medico para cefaleia, predominou migrânea (53,89%), seguida da associacao de migrânea e sinusopatia (16,77%); no grupo que nao procurou medico, predominou migrânea (48,40%), seguida de outros tipos de cefaleias (29,98%). Os resultados deste estudo epidemiologico prospectivo mostram que a maioria dos pacientes nao procura assistencia medica para cefaleia. Quando o fazem, a muJher procura o medico com mais ftequencia. O atendimento mais procurado e o de clinica geral. O diagnostico inicial mais constante. e de sinusopatia como causa de cef8J.eia. A migrânea e subdiagnosticada. A maioria dos medicos nao solicita exame complementar para cefaleia. A estrategia terapeutica, em geral, resume-se ao tratamento da crise aguda. Quando revisados pelo neurologista, com treinamento em cefaleia, o diagnostico de migrânea, segundo a SIC, e o mais ftequente em ambos os grupos de pacientes (que procuraram e que nao procuraram atendimento medico para cefaleia) Abstract
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