Estresse, cortisol e dor musculoesquelética em enfermeiros de um serviço de hemato-oncologia
2019
Introducao: O estresse ocupacional e entendido como o resultado da interacao entre
demandas do trabalho e habilidade de controle sobre elas, podendo gerar alteracoes na
concentracao do cortisol, expor o trabalhador ao risco de adoecimento, e ao desenvolvimento
da dor musculoesqueletica. Objetivo: avaliar a associacao entre estresse ocupacional,
concentracao de cortisol salivar e dor musculoesqueletica em enfermeiros de um servico de
Hemato-Oncologia. Metodo: Estudo transversal com 29 enfermeiros trabalhadores do turno
diurno, de um servico de Hemato-Oncologia de um hospital universitario do Rio Grande do
Sul. A coleta de dados ocorreu de abril a agosto de 2018, com instrumento de caracterizacao
sociodemografica, laboral e perfil de saude, a Job Stress Scale, o Questionario Nordico de
Sintomas Osteomusculares e coleta de saliva para analise de cortisol em cinco momentos (ao
despertar, no inicio e no final de plantao em um dia de trabalho e nos mesmos horarios em um
dia de folga). Procedeu-se a analise estatistica dos dados. Resultados: Foram construidos dois
artigos. O primeiro intitulado "Avaliacao do estresse por meio do cortisol salivar em
enfermeiros de hemato-oncologia: trabalho x folga", demonstrou que nao houve diferenca
significativa (p<0,05) nos valores de cortisol salivar entre o dia de trabalho e o dia de folga.
Houve diferenca significativa com os maiores valores de cortisol salivar ao despertar para
quem nao tem filhos, nao faz uso de medicacao, nao faz uso de anticoncepcional oral e tem a
intencao de deixar o trabalho. No inicio de plantao, para quem faz uso de medicacao. E, no
final da folga para quem trabalha no setor de internacao. O segundo artigo, intitulado
"Estresse ocupacional, concentracao de cortisol e dor musculoesqueletica: qual sua associacao
em enfermeiros de hemato-oncologia? ", demonstrou que o maior numero de enfermeiros
encontravam-se nos quadrantes de Trabalho passivo e Alta exigencia, que foram tambem os
quadrantes em que houve maior prevalencia de dor musculoesqueletica. As regioes
anatomicas de maior relato de dor musculoesqueletica foram coluna vertebral no ultimo ano e
nos membros inferiores na ultima semana, e a intensidade da dor foi de moderada a leve. Nao
houve diferenca significativa entre os valores de cortisol salivar com o estresse ocupacional e
com a dor musculoesqueletica. Conclusao: os dados mostram que os enfermeiros de hemato-
oncologia encontram-se estressados e, possivelmente ja tenham desenvolvido uma doenca
ocupacional, o que se percebeu a partir dos relatos de dor musculoesqueletica, e
manifestacoes de alteracoes nos parâmetros fisiologicos de cortisol salivar. Sugerem-se
intervencoes, a fim de se prevenir a piora do quadro psicologico e fisico, para manter a
qualidade do servico e saude dos profissionais.
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