PODODERMATITE EM ELEFANTE-ASIÁTICO (Elephas maximus)
2019
Introducao: Da ordem Proboscidae, os elefantes sao os maiores animais terrestres. De acordo com a Uniao Internacional para Conservacao da Natureza (IUCN, 2018), o elefante-asiatico ( Elephas maximus ) esta classificado como em perigo de extincao. Dentre as patologias mais relatadas em elefantes estao afeccoes podais, a pododermatite e um processo infeccioso na regiao plantar dos membros. O presente relato descreve essa enfermidade em um exemplar da especie que e mantido sob cuidados humanos no Parque Zoologico Municipal Quinzinho de Barros em Sorocaba, Sao Paulo. Metodo: Um exemplar de elefante-asiatico ( Elephas maximus ), femea, adulta, 56 anos, pesando aproximadamente tres toneladas, apresentava claudicacao dos membros pelvicos (MPs). Foi observado prostracao e relutância em se alimentar. Ao avaliar o historico da paciente foi notado que em anos anteriores ja haviam sido relatados abcessos em MPs. Foi realizada uma inspecao da face plantar dos MPs e visualizadas placas espessas queratinizadas na sola com aspecto irregular e leve aumento de volume, sugestivo de pododermatite. Visto que a paciente e condicionada, foi instituido o tratamento, limpeza com agua abundante, detergente neutro e esfregao, a fim de retirar toda materia orgânica da superficie plantar dos membros. Com auxilio de uma rineta foi feito desbridamento da sola e retirada do tecido necrotico ate poder ser visivel o tecido sadio. Apos, era passado unguento Friezol®, constituido de triclorfon e alcatrao vegetal. O procedimento era feito apenas em duas semanas e em um membro a cada dia. Durante tres dias eram feitos pediluvios com Biofor ®, na concentracao de 10mL/L, utilizando 10L de agua por membro, os membros eram deixados imersos na solucao, em uma bacia, por cinco minutos cada. Resultados: Antes de ser instituido o tratamento deve-se levar em consideracao medidas profilaticas e pontos de controle como rotina de lavagem diaria, manutencao do escore corporal, exame frequente do pe e do recinto a fim de se retirar qualquer objeto que possa oferecer risco e porta de entrada a contaminacao, casquecamento duas vezes ao ano, ofertar enriquecimento ambiental, evitar baixas temperaturas e super-alimentacao evitando assim laminite, alem de mantar o local seco e com bom saneamento. O tratamento com desbridamento realizado com rineta, pediluvio a base de solucoes antissepticas como o concentrado de iodophor e o unguento de triclorfon e alcatrao vegetal foram suficientes para eliminar uma infeccao moderada, como a demonstrada pela paciente, uma vez que a mesma voltou a apoiar a pata no chao, a se alimentar normalmente e foi possivel observar a melhora do aspecto clinico na sola dos pes da elefante. Vale ressaltar a importância do condicionamento para o tratamento, devido ao porte e possivel comportamento agressivo, o condicionamento de elefantas e considerado de suma importância para um programa de medicina preventiva. Conclusao: Foi relatado um caso de pododermatite em elefante asiatico mantido sob cuidados humanos. Por ter sido prontamente diagnosticada e tratada pela equipe de medicos-veterinarios do Zoologico de Sorocaba, o prognostico foi favoravel, uma vez que o diagnotico tardio e/ou ineficacia do tratamento poderiam levar a complicacoes severas em sistema musculo-esqueletico ate mesmo levando ao obito do animal. Palavras-chave: Doenca Podal, megavertebrabos, Elefante-Asiatico.
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