PREVALÊNCIA DE HIPOTIREOIDISMO EM PACIENTES COM FIBROMIALGIA

2017 
O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalencia de hipotireoidismo em mulheres com fibromialgia (SFM), verificando a presenca de comorbidades e a pratica de exercicios fisicos (EF). Participaram do estudo 88 mulheres com diagnostico de SFM, entre 28 e 75 anos de idade, selecionadas por conveniencia a partir das pacientes acompanhadas no Ambulatorio de Reumatologia do Hospital de Clinicas de Curitiba. Utilizou-se instrumento com validacao de conteudo, mediante entrevista semi-estruturada conduzida por um avaliador, abrangendo questoes referentes ao historico familiar, sintomas dolorosos, percepcao de sono, habitos diarios e EF, comorbidades e tratamento. Todas as informacoes foram obtidas a partir do auto-relato das pacientes. Os dados foram analisados considerando as pacientes com hipotireoidismo e sem hipotireoidismo, com nivel de significância p < 0,05. Nesta pesquisa, a prevalencia de hipotireoidismo entre as mulheres com fibromialgia (17,05%) foi ligeiramente maior do que na populacao em geral (10%). As pacientes com hipotireoidismo apresentaram significativamente maior proporcao de cefaleia (p= 0,047) e maior tendencia aos disturbios osteomusculares (p=0,0076) em relacao as pacientes sem o hipotireoidismo. Os sintomas de ansiedade (13,33%), depressao (53,33%) e fadiga (33,33%) foram relatados em maior proporcao entre as mulheres com hipotireoidismo em comparacao as mulheres sem hipotireoidismo (12,33%, 34,25%, 20,55% respectivamente), sem diferencas estatisticas entre os grupos. Verificou-se que 33,33% das mulheres com o hipotireoidismo nao praticavam EF regulares e isso tambem ocorreu em 47,65% das pacientes sem esta comorbidade. A relacao entre a SFM e disfuncao tireoidiana ainda nao esta muito clara, evidenciando a necessidade da realizacao de estudos prospectivos.
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