EFEITOS DA MELATONINA SOB ESTRESSE OXIDATIVO INDUZIDO POR PARAQUAT EM DROSOPHILA MELANOGASTER
2018
Introducao: Os antioxidantes exibem uma ampla gama de acoes protetivas e
constituem ferramentas atraentes para projetar alternativas terapeuticas na
prevencao de danos induzidos por radicais livres. A melatonina, um hormonio
produzido principalmente pela glândula pineal, e considerada um importante
antioxidante endogeno, isto porque sua estrutura lhe permite atuar como doador ou
aceitador de eletrons em reacoes redox. Alem disso, ela pode reagir com acido
hipocloroso, radical ânion superoxido, oxido nitrico, entre outros radicais livres e
impulsionar a atividade da enzima antioxidante glutationa peroxidase. Objetivo: O
objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da melatonina em relacao ao aumento da
resistencia ao stress induzido por paraquat em Drosophila melanogaster.
Metodologia: Moscas macho nascidas e criadas em uma dieta padrao contendo
agua, agar, acucar e farinha de milho foram separadas em grupos de 15 moscas e
acondicionadas em frascos contendo 3 ml dieta padrao acrescida de melatonina
(100 µg/ml) por 10 dias. Apos esse periodo foram deixadas sem alimento por 2
horas e transferidas para frascos contendo apenas papel filtro umedecido com 20
mM de paraquat diluido em glicose 5%. O grupo controle recebeu o mesmo
tratamento, no entanto ao inves de melatonina recebeu agua na mesma quantidade.
Os testes foram realizados em duplicata, sendo os dados analisados atraves do
teste T nao pareado com interposicao de curva de regressao linear utilizando o
programa GraphPad prisma (demo). Os resultados foram considerados significativos
quando p≤0.05. As moscas foram contadas a cada cinco horas, sendo anotado o
numero de moscas que estavam mortas a cada momento de observacao. Como
gerador de dano foi utilizado o paraquat (1,1'-Dimethyl-4,4'-bipyridinium dichloride)
que atua por meio de mecanismo de inducao do estresse oxidativo pela producao
aumentada de radical superoxido (OH). Resultados: Ao final deste teste observouse
que nao houve diferenca estatistica no tempo de vida apos exposicao, no entanto
nas moscas tratadas com melatonina observou-se maior linearidade na progressao
das mortes na curva de sobrevivencia, onde o total de moscas do grupo controle
morreu apos 103 horas e do grupo tratado com melatonina apos 107 horas.
Conclusao: Embora estes sejam resultados preliminares, os dados observados
sugerem maior controle do dano oxidativo em curso no grupo tratado com
melatonina, no entanto estudos com outras doses de exposicao e com outros
marcadores sao necessarios para fortalecer essa argumentacao.
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