Teoria dos signos no pensamento de Gilles Deleuze
2012
O conceito de signo em Deleuze aparece ao longo de toda a sua obra, ligando-se em cada um de seus livros e artigos ao desenvolvimento de diferentes problemas em pauta. Tais variacoes por que passa este conceito nao comprometem sua consistencia no pensamento deleuziano; ao contrario, elas afirmam a complexidade de uma teoria dos signos que insiste virtualmente em seus livros e artigos. Pode-se dizer mesmo que as diferentes problematicas as quais se dedica Deleuze se enriquecem quando apreendidas tendo em consideracao a experiencia do signo. Nesta teoria, o signo e afecto, ou seja, e um sentir diferentemente nos encontros, e corresponde a variacao de nossa potencia de existir. Isto ocorre porque o signo envolve uma diferenca de nivel constitutiva, uma heterogeneidade irredutivel aos dispositivos que seguram a diferenca pela analogia no juizo, pela semelhanca no objeto, pela identidade no conceito e pela oposicao no predicado. Um dos aspectos mais inovadores desta teoria e que, nela, o signo deixa de ser definido pelo imperialismo do significante. Este passa a caracterizar apenas um dos regimes de signos, que nao e nem o mais aberto nem o mais importante. Alem disso, nesta teoria o pensamento deixa de ser um ato de boa vontade de uma consciencia soberana, como ocorre nas imagens tradicionais do pensamento, pois, para Deleuze, pensar implica um pathos, ou seja, e uma atividade disparada involuntariamente pela forca de um signo, pela violencia de tal encontro
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