A transposição do rio São Francisco e a saúde do povo Pipipã, em Floresta, Pernambuco

2018 
Resumo Acoes governamentais de implantacao de projetos de desenvolvimento nos territorios indigenas, cujo modelo explorador esta vinculado a expectativa de suposto progresso economico e social, vem afetando as perspectivas de futuro dos povos em diversos paises e no Brasil. O estudo analisou os processos socioambientais de vulnerabilizacao do povo Pipipa, localizados no municipio de Floresta, Pernambuco, decorrentes da transposicao do rio Sao Francisco. A pesquisa foi realizada na perspectiva da determinacao social da saude e propoe o movimento dialetico, no intuito de promover os dialogos necessarios para a devida compreensao da complexidade dos problemas de saude. Os procedimentos metodologicos se pautaram na tecnica qualitativa de coleta e analise de dados. As estrategias de pesquisa utilizadas no estudo foram analise de documentos, entrevistas e observacao participante, que favoreceram a compreensao dos processos sociais destrutivos determinados pela transposicao do Sao Francisco e das percepcoes do povo Pipipa sobre a relacao com a saude e a doenca. A pesquisa evidenciou que, em funcao da transposicao do Sao Francisco, os Pipipa foram vulnerabilizados material e simbolicamente, e novas territorialidades e vulnerabilidades foram estabelecidas compulsoriamente, encontrando-se, portanto, a etnia ameacada em seus processos de reproducao social.
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