Participação Infantil no Cuidado em Saúde Mental: Um Grupo GAM no CAPSi

2021 
Resumo Este artigo visa apresentar algumas contribuicoes de uma pesquisa-intervencao situada no campo saude mental infanto-juvenil brasileira baseada na estrategia da Gestao Autonoma da Medicacao (GAM). Apesar dos avancos obtidos na Reforma Psiquiatrica, a gestao da medicacao e ainda um ponto nevralgico em nosso pais. As experiencias vividas pelos usuarios de psicotropicos e seus familiares raramente sao consideradas um saber legitimo em relacao ao tratamento, e, quando esses usuarios sao criancas, a problematica se torna ainda mais complexa. Alem dos engessamentos e barreiras impostas pela producao do diagnostico de transtorno mental, lidamos com uma delimitacao da concepcao de infância na modernidade que, por um lado, produz relacoes de atencao e protecao consideradas necessarias para o desenvolvimento das criancas, e, por outro, acabaram gerando impossibilidades e limites a participacao infantil em seus processos de cuidado. Esta pesquisa, portanto, objetivou exercitar a participacao infantil no contexto da saude mental infanto-juvenil brasileira por meio da proposicao de um grupo GAM no Centro de Atencao Psicossocial de Vitoria-ES. O grupo ocorreu semanalmente, durando cerca de uma hora e meia. Participaram, alem dos pesquisadores, 21 familiares de criancas e profissionais do servico. Para delimitacao deste artigo, optou-se por narrar de forma mais aprofundada a experiencia de uma das maes do grupo e seu filho, de modo a acessar os paradoxos e ambiguidades vividos em torno do uso do medicamento e os efeitos da abertura a experiencia de participacao infantil neste processo.
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