Assinatura Geofísica e Geoquímica do Depósito Pb-Zn-(Cu-Ag) Santa Maria – RS, Brasil
2021
O entendimento da assinatura geofisica em depositos torna-se essencial na prospeccao mineral, uma vez que a compreensao do footprint em profundidade e cada mais necessario devido a alvos e depositos superficiais estarem cada vez mais escassos. A integracao de outros tipos de dados aos dados geofisicos pode auxiliar na criacao de processos de interpretacoes a partir do conhecimento avancado da resposta geofisica de diferentes rochas, alteracoes hidrotermais e mineralizacoes que futuramente podem aumentar a descoberta de novos alvos ou novas abordagens na prospeccao. Esta pesquisa tem como alvo o deposito epitermal de Pb-Zn-(Cu-Ag) de Santa Maria, situado no distrito de Minas do Camaqua, municipio de Cacapava do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-se de um sistema magmatico-hidrotermal distal, com mineralizacoes controladas por sistemas de falhas em arenitos e conglomerados, que hospedam zonas de alteracoes hidrotermais que contem ilita, clorita e pirita, alem de galena, esfalerita, calcopirita e bornita. O objetivo principal e mapear a assinatura geofisica do deposito a partir da integracao de dados geoquimicos e geofisicos das rochas encaixantes, alteracoes hidrotermais e mineralizacoes. A metodologia inicial aplicada consiste na selecao de amostras de furos de sondagens representativas da litologia predominante, das rochas alteradas e das mineralizacoes hidrotermais do deposito; submissao das amostras a analises geoquimicas de elementos maiores, traco e terras raras; e aquisicao de dados geofisicos para serem integrados e interpretados. A magnetometria terrestre, a resistividade e a polarizacao induzida mostraram-se eficientes para mapear a assinatura geofisica do Deposito Santa Maria, principalmente em termos estruturais, uma vez que se identificou o possivel controlador de mineralizacoes da area. A geoquimica facilitou o entendimento das variacoes geofisicas, pois a presenca de sulfetos em maiores quantidades e presenca de oxidos como K 2 O, Al 2 O 3 e MgO utilizados para mapear zonas de ilita e clorita, possibilitaram interpretacoes e associacoes a geofisica da area. Toda a integracao de dados proporcionou uma maior confiabilidade na caracterizacao da assinatura geofisica do deposito.
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