Bem Viver e Ecossocioeconomias: uma síntese

2018 
Diante do fenomeno das mudancas climaticas, nao faz sentido discutir Bem Viver (BV) subjetivamente, sem correlaciona-lo ao significado de bem comum. O objetivo e dialogar sobre o tema do Bem Viver em perspectiva intergeracional na dialetica entre subjetividade e bem comum, homem-natureza, considerados como falsos binomios. Trata-se de um ensaio. O BV, mais do que condicao material, socioeducacional e de saude, e estado particular de felicidade, no qual vigoram padroes culturais distintos. Nao se nega abstrair a logica economica – na qual o sujeito calcula consequencias individuais, mas releva territorialmente o bem comum –, e nao e ela hegemonica ou mesmo determinante nos processos de producao e reproducao humana, dos quais resulta o sujeito esvaziado. Por fim, o BV nao pode ficar relegado a conquistas de outras geracoes ou ainda a um modo de vida “ cool ”, desresponsabilizado e descontextualizado em relacao a geracoes futuras. Subjetividade e bem comum podem se reconciliar no plano de uma esfera societaria que nao seja reduzida a mero calculo e em que o ser humano nao abra mao, nem ao outro (politica) nem a si (psique), da producao de caminho ecossocioeconomico, o que constitui uma vida humana associada que nao relegue sistemicamente o seu proprio processo de socializacao.
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