PERCEPÇÃO DO RACISMO INSTITUCIONAL EM GESTANTES ATENDIDAS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO INTERIOR DE SERGIPE
2018
INTRODUCAO: A Constituicao de 1988, garante a saude como um direito de todos, por isso social, constituindo-se em dever do Estado assegurar o acesso universal e igualitario as acoes e aos servicos de saude de maneira regionalizada, hierarquica, universal e igualitario. Apesar disso, ainda ha nos servicos prestados por instituicoes e profissionais fracassos quanto ao provimento igualitario dos seus servicos a individuos de diferentes origens raciais, etnicas, cor e cultura. OBJETIVO: Compreender a presenca do Racismo Institucional em gestantes das Unidades Basicas de Saude (UBS) em um municipio do interior de Sergipe. METODOLOGIA: Estudo exploratorio, observacional, descritivo e quali-quantitativa realizada por meio de entrevistas semiestruturadas. A amostra foi constituida por 26 gestantes assistidas nas Unidades Basicas de Saude de um municipio do interior de Sergipe. A pesquisa teve inicio em agosto de 2017 e ira ate julho de 2018. Para o tratamento dos dados do eixo Racismo Institucional foi realizada a analise qualitativa a partir da tecnica de analise tematica, proposta por Minayo (2010). Os dados quantitativos foram processados por meio do software Excel (Microsoft®) e analise binaria. Esta pesquisa faz parte do projeto Educar e Nascer, com aprovacao pelo Comite de Etica e Pesquisa conforme Parecer Consubstanciado no 949.513 e 1.586.151 e atenderam a Resolucao no 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saude do Ministerio de Saude. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). RESULTADOS: Das 26 gestantes 54% era multigesta, enquanto 46% primigesta. Dessas 85% eram casadas e 15% solteiras. Quanto a raca/cor 81% se autodeclararam pardas, 11% brancas e 8% preta. Em relacao a religiao observou-se que a Catolica com 61% seguida pela Evangelica, 31%, e sem religiao 8%. Quanto ao vinculo empregaticio verificou-se que a maioria afirmou ser dona de casa, 70% das participantes, 11% afirmou ser empregada remunerada contratada sem carteira assinada, 11% estudantes e 8 % empregada remunerada com carteira assinada. Em relacao ao racismo nos servicos de saude 100% das gestantes declarou nunca ter sofrido e 35% delas afirmaram que ja vivenciaram/presenciaram a discriminacao devido a cor da pele. Mas admitiram sofrer discriminacao por conta da classe social (8%), doenca, religiao e idade (4%) cada uma. CONCLUSAO: Apesar de nenhuma gestante ter sofrido racismo institucional devido a sua cor de pele, uma parcela significativa das entrevistadas afirmou ja te-lo presenciado nas instituicoes de saude. Dessa maneira, faz-se necessario dar continuidade a essa investigacao no sentido de compreender e combater as consequencias do racismo institucional e fortalecer os principios e diretrizes do SUS. Palavras-chave : Racismo. Servicos de Saude. Discriminacao Social. Gestantes.
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