A PSICOLOGIA ENQUANTO FERRAMENTA REFLEXIVA CONTRA OS EFEITOS DA PRISIONALIZAÇÃO NOS PENITENCIÁRIOS

2019 
INTRODUCAO O sistema penitenciario tem passado por profundas dificuldades em territorio brasileiro e isso se deve a inumeras praticas, o que chama a atencao para se pensar em novas estrategias capazes de melhorar o atual modelo, fazendo com que tal instituicao possa realmente cumprir o dever de ressocializar (PEREIRA, 2016). Um dos primeiros pontos que merece destaque refere-se ao proprio ambiente penitenciario, tendo em vista que o mesmo e totalmente perigoso para os que vivem em tal instituicao, ja que e um ambiente que alem de existir alta criminalidade ainda e propicio ao desenvolvimento de varias doencas (ASSIS, 2007). Por isso, e necessario entender a fundo quais riscos sao esses, quais seus tipos e caracteristicas, tendo em vista que sao tanto de ordem fisica, social, politica, economica e emocional (COSTA, 2013). Desse modo, este estudo apresenta relevância a medida que o conhecimento repassado atinge os leitores, trazendo a este novas reflexoes e analises em relacao a tematica. Com isso, torna-se importante entender os fenomenos envolvidos no processo de prisionizacao, assim como saber ate onde isso atinge e afeta os criminosos que la convivem. Assim, o estudo seguira a partir da seguinte pergunta: Como a psicologia pode ajudar a amenizar os efeitos da prisionizacao sobre os penitenciarios? Ate entao, acredita-se que atraves de tecnicas referentes a area enquanto ciencia, existe muitas possibilidades de intervir de maneira positiva, visando sempre manter a qualidade de vida do sujeito. Nas discussoes serao visto se tais hipoteses confirmam-se ou se serao refutadas. OBJETIVOS Entender o processo de prisionalizacao sob os penitenciarios, descrever os riscos existentes no espaco penitenciario, investigar como se da a influencia da prisionizacao na identidade do sujeito e compreender quais os suportes que a psicologia da para romper com essa influencia na identidade do sujeito. METODOLOGIA O estudo e de carater descritivo, exploratorio e de abordagem qualitativa. Para o alcance do estudo foram necessarias leituras precisas e complexas que permitiam o enriquecimento de conhecimento e construcao da pesquisa. Com isso, foram realizadas buscas sobre a prisionalizacao, seus efeitos e a realidade do sistema penitenciario brasileiro, ocorrendo no Google Academico e Scielo. RESULTADOS A cada dia tem sido alarmantes as preocupacoes acerca do espaco penitenciario, uma vez que atraves do que a midia publica e ate mesmo os estigmas criados pela sociedade faz com que tais instituicoes ganham ainda mais em regresso. Pereira (2016, p. 08) diz que: “nao e recente o historico dos problemas enfrentados pelos presos no Brasil. As ondas de rebelioes, mortes e outras cenas lamentaveis sao a realidade do sistema carcerario nacional”. Assim, tem-se que as informacoes obtidas sobre o sistema penitenciario e gritante e afeta diretamente a sociedade como um todo. Azevedo et al (2015) explicam que a penitenciaria e o cumprimento da lei para aqueles que praticam algum ato de criminalidade, devendo ocorrer em regime fechado. Segundo Assis (2007, p. 75), “a superlotacao das celas, sua preca­riedade e insalubridade tornam as prisoes um ambiente propicio a proliferacao de epidemias e ao contagio de doencas”. Verificam-se entao como tais problemas tornam-se ate mesmo simbolo dos agravantes frequentes nesses ambientes. Com isso, e visto que na maioria das realidades observada nas penitenciarias brasileiras levam os presos a conviverem com a insalubridade presente a realidade prisional (ANDRADE, 2015). Outra situacao presente no sistema penitenciario refere-se as praticas de torturas e agressoes fisicas para com os presos, ocorrendo muita das vezes entre eles proprios ou nao (PAULA & SANTOS, 2017). A superlotacao e as condicoes precarias presentes em muitas dessas instituicoes levam a proliferacao de varias doencas e epidemias contagiosas, “estima-se que aproximadamente 20% dos presos brasileiros sejam portadores do HIV, principalmente em decorrencia do homossexualismo, da violencia sexual praticada por parte dos outros presos e do uso de drogas injetaveis” (ASSIS, 2007, p. 75). Alem desses problemas dispostos, tem-se que ha um grande deficit nas vagas das penitenciarias, assim como a falta de assistencia medica e juridica (SOUSA et al, 2013). Dentro desse contexto marcado pela violencia e ineficacia, surge o fenomeno da prisionalizacao, no qual possui conceito complexo, abrangendo toda uma classe de individuos, tendo em vista que as relacoes estabelecidas pelo sistema penitenciario pode tanto dominar como submeter aos que vivem essa realidade (COSTA, 2013). Devido a isso, faz-se necessario um suporte mais assistencialista e que possibilite melhorias nas condicoes penitenciarias. O trabalho do psicologo nesse âmbito consiste na importância “na participacao na discussao e acao de seus problemas. Naquele momento, estavam dentro do presidio, mas esse aprendizado servia para a volta a liberdade” (YOSHIKAWA, 1987, p. 04). Essa atuacao profissional, atraves da discussao e das tecnicas existentes permite com que problemas sejam debatidos e analisados cautelosamente, possibilitando ao sujeito uma maior reflexao sobre si mesmo, alem de uma conscientizacao por partes dos profissionais quanto as dificuldades existentes. CONCLUSOES Diante do exposto tem-se que a prisionalizacao e um fenomeno muito serio e que merece uma atencao especial, ja que e partir da discussao do assunto que melhorias podem ser alcancadas para esse publico que tem vivido situacoes precarias. Assim, o psicologo constitui-se como peca chave a medida que proporciona mudancas dentro do presidio e no presidiario, contribuindo para que os direitos e a qualidade de vida tambem sejam preservados para esse publico especifico.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []