Curso: doenças infecto-parasitárias (DIP). Aula 35: meningite crônica: seus dilemas e desafios

1992 
A Sindrome da meningite cronica (SMC) caracteriza-se por desenvolvimento insidioso de cefaleia, letargia, confusao mental, nauseas, vomitos, sinais meningeos, pleocitose do fluido cerebroespinhal e, em certas ocasioes, hiperproteinorraquia e diminuicao da glicorraquia, tendo, pelo menos, quatro semanas de duracao. E uma sindrome relativamente frequente, que pode ser causada por doencas, tanto infecciosas como nao-infecciosas, tais como neoplasias, patologias linfomielo-proliferativas, colagenoses e outras patologias de etiologia desconhecida. Das causas infecciosas, sao mais relevantes a tuberculose, a criptococose, a toxoplasmose, a cisticercose e, atualmente, a sindrome da imunodeficiencia adquirida (Sida). Para o bom manejo da SMC, nao bastam os conhecimentos tecnicos; sao necessarios, alem de experiencia, seguranca, bom senso e arte, uma notavel infra-estrutura laboratorial, exames sofisticados e frequentemente dispendiosos, muitos dos quais nao disponiveis na pratica clinica, chegando mesmo a procedimentos invasivos em uma ou varias areas. O surgimento da Sida e da imunossupressao alargada ocasionou profundas modificacoes na SMC e em todos os seus aspectos, conferindo-lhes, desde o inicio, diversas possibilidades a serem inquiridas. O manejo da SMC necessita rapidez, para que sejam diminuidas a tetalidade e a morbidade, nesta patologia que e sem duvida um grande desafio para todos os que por ela se interessam.
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