PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO POR ACOMETIMENTO DO VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO, BRASIL 2015 A 2017
2018
O Virus Sincicial Respiratorio (VSR), assim como outros virus, e um grande contribuinte para a morbidade e mortalidade das infecoes respiratorias em todo o mundo. Um estudo descritivo foi empregado para analise do perfil epidemiologico das infeccoes do trato respiratorio acometidas pelo VSR no Brasil durante os anos de 2015 a 2017, identificando os casos e obitos de Sindrome Respiratoria Aguda Grave (SRAG). O VSR foi o agente etiologico dentre os outros virus respiratorio em que mais ocasionou casos e obitos de SRAG, entre os anos analisados 2017 foi o maior notificador de casos por VSR. A regiao Sul seguido da regiao Sudeste foram as regioes onde notificaram o maior numero de casos e tambem de obitos de SRAG por VSR. Dentre os casos, os menores de dois anos de idade foram os mais acometidos pelo VSR, em especial as criancas de 10 a 12 meses de idade. Dentre os obitos, os menores de dois anos continuam sendo a populacao mais acometida pelo virus, em especial as criancas entre 2 a 6 meses. Porem, e evidente o acometimento do virus tambem em idosos acima de 50 anos e em adultos entre 20 e 49 anos de idade. Segundo Falsey et al. (2005) e Luchsinger (2012) o VSR e um patogeno cada vez mais reconhecido em adultos, idosos, imunocomprometidos, e ate mesmo em adultos previamente higidos. Isso ocorre devido o comprometimento das vias respiratorias, e principalmente a diminuicao congenita ou adquirida da imunidade do organismo do individuo, fazendo com que a resposta imune do organismo contra o VSR seja ineficaz, causando muitas vezes, a progressao da sindrome. A taxa de morbidade aumentou de 6,5/1.000.000 habitantes em 2015 para 11,9/1.000.000 habitantes em 2017, assim como a mortalidade que em 2015 apresentava 2,3/10.000.000 habitantes e em 2017 apresentou cerca de 6,9/10.000.000 habitantes. O aumento tambem vou constatado referente a letalidade que passou de 3,6/100 habitantes em 2015 para 5,8/100 habitantes em 2017. Nair et al. (2013), ressalta que as mortes por VSR nos paises em desenvolvimento, que e o caso do Brasil, sao mais frequentes (2,1% de todos os casos de infeccao aguda do trato respiratorio inferior grave). E incontestavel o aumento da morbidade, mortalidade e letalidade nos casos de SRAG por VSR no decorrer dos anos, tornando necessario um olhar mais cauteloso quanto a circulacao do virus. Ressalta-se a importância de estudos epidemiologicos constantes para o conhecimento cada vez mais preciso deste agente etiologico, sua circulacao e sua sazonalidade, fortalecendo os dados do virus no Brasil
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