OFICINA DE COMIDARIA: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR DIALOGADA COM A ESCOLA BÁSICA

2015 
As praticas de Educacao Alimentar e Nutricional (EAN) possuem diversas etapas, uma destas e talvez a de maior complexidade seja a avaliacao. O monitoramento destas acoes e essencial para delimitar resultados compativeis com o planejamento das atividades. A necessidade de estabelecer uma orientacao previa sobre o resultado esperado fortalece a perspectiva que pretendemos alcancar com esta acao educativa, tornando-se importante tambem saber o desfecho que se deseja ao construir uma pratica em EAN.  O objetivo deste resumo e demonstrar duas perspectivas de avaliacao de uma mesma acao educativa em EAN que podem potencializar a construcao de novas estrategias locais: uma delas pautada na participacao do publico alvo envolvendo o dialogo com os escolares, e em contraponto o envolvimento de toda a comunidade escolar para que uns apoiem os outros. A metodologia empregada foi analise de oficinas de EAN realizadas com turma de 15 alunos do 9o ano do ensino fundamental de uma escola publica na escola publica Instituto de Aplicacao Fernando Rodrigues da Silveira – CAp UERJ. As oficinas culinarias contam com um professor coordenador, uma nutricionista e duas bolsistas extensionistas e se realizam semanalmente as quartas de 12h as 17h. Foram desenvolvidas 16 receitas de lanches combinados de suco de fritas com verduras e preparacoes de forno com alimentos integrais, baixo custo e preparo rapido com equipamento reduzidos (forno e liquidificador), modelo associado a acoes pedagogicas que foi resultado de oficinas culinarias em outro projeto de educacao alimentar (PROEXT) no CIEP Joao Goulart em 2012 a 2014. Como resultados das analises observamos que nem sempre atingimos o numero maximo de inscritos devido ao periodo em que as oficinas foram realizadas, disputando espaco com a educacao formal, onde provas finais e aulas de reposicao foram realizadas no contra turno, horario em que as oficinas eram realizadas. Ainda podemos ressaltar a questao da divulgacao, realizada apenas com cartazes, que nao cumpriu sua funcao comunicativa com os alunos alvo. Na avaliacao ao longo do primeiro semestre de 2015, percebemos que a integracao da equipe da oficina com diversos agentes da escola como professores, inspetores, maes de alunos motivou e desdobrou acoes para o segundo semestre. A partir da avaliacao houve integracao entre os agentes da escola que tornou possivel dar inicio em julho a um espaco maior para o projeto na escola, com divulgacao no jornal de alunos atraves do Caderno de Comidaria, com a criacao de pagina interativa em rede social, que aumentou o envolvimento dos alunos que nos disseram na avaliacao que nao acessam email, e na participacao em feiras do CAp UERJ. Em agosto entramos com uma proposta coletiva de venda de frutas na cantina da escola que gerou uma sessao permanente junto aos outros produtos. Concluimos que a insercao do projeto com uma matriz moldavel e adaptavel facilita a pratica EAN em escolas, uma vez que as atividades que estamos realizando na escola podem ir alem de uma oficina culinaria, e que para alcancar estes objetivos, a etapa de avaliacao da acao deve ser pensada e elaborada com a mesma importância das outras etapas do planejamento de uma acao educativa.
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