O imaginário cognitivo: uma fronteira entre consciência e inconsciente

1997 
Este artigo apresenta e discute uma concepcao do imaginario como atividade mental basica do ser humano. Rejeita-se a proposicao comum na filosofia e na psicologia da copia do real, afirmando-se uma tese de construcao do real no proprio imaginario. Uma avaliacao fenomenologica pautada em Husserl mostra o carater protensional e retencional - primario e secundario - da consciencia que permite mostrar quanto o imaginario precede protensionalmente qualquer acao ou decisao. Uma rapida resenha das principais posturas teoricas do passado desde Platao, M. Ficino, G. Bruno, R. Descartes, B. Spinoza leva a analise ate Kant e a importância da imaginacao transcendental. No presente discute-se a neantisation de J.P. Sartre, a imagem criadora de G. Bachelard, a perspectiva junguiana de G. Durand, a postura de J. Chateau, e principalmente o logicismo piagetiano que suprime a autonomia do imaginario, em contraposicao a valorizacao de M. Klein. Um aceno a J. Lacan evidencia as diferencas entre a conhecida tese do imaginario por ele proposta e a perspectiva defendida aqui. O artigo conclui apontando uma estrutura e desenvolvimento do imaginario a partir de um dispositivo cognitivo inato, entendido como causalidade apta a conectar em episodios (e paralelamente em frases) o que e construido sobre os insumos de um real incognoscivel. Uma sintese da teoria que fundamenta esta tese e do trabalho experimental realizado e em curso aponta a estrutura do imaginario em seu eixo sintagmatico e paradigmatico, e seu desenvolvimento em tres fases: pre-episodica, intermediaria e episodica
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