Tratamento cirúrgico de fratura do osso frontal: relato de caso clínico

2018 
O seio frontal e uma cavidade ossea pneumatica, localizada entre o esplenocrânio e o neurocrânio, contidos entre a fossa craniana anterior e a regiao naso-orbito-etmoidal 1. As fraturas dessa estrutura sao relativamente incomuns, correspondendo em media a 3% das fraturas em face². Aproximadamente 70% dessas fraturas sao decorrentes de acidentes automobilisticos e o restante, por agressoes, quedas, acidentes desportivos e de trabalho. O tratamento para esse tipo de fratura pode ser conservador ou cirurgico, existindo como estrategia cirurgica tres opcoes fundamentais: exploracao para reducao e fixacao da fratura, cranializacao ou obliteracao acompanhada de cranializacao. As fraturas que ocorrem de maneira isolada em parede anterior sao tratadas, via de regra, somente por reducao e fixacao da fratura, e as que acometem parede posterior atraves da cranializacao, podendo ser realizada ou nao a obliteracao do ducto, dependendo de sua patencia. O acesso coronal ou bitemporal proporciona ao cirurgiao um campo operatorio amplo para tratamento de fraturas em regiao frontal, sendo considerado um acesso versatil, pelo qual podem ser abordadas tambem fraturas de regiao superior de orbita, nariz e arco zigomatico. E considerado estetico, sendo indicado principalmente em fraturas de parede anterior com extensa cominuicao. Diante do exposto, objetivo deste trabalho e relatar um caso clinico, avaliar condutas e terapeutica de paciente portador de fratura da parede anterior de seio frontal. Paciente, genero masculino, 43 anos, leucoderma, foi atendido na Santa Casa de Misericordia de Aracatuba apos ser vitima de acidente domestico, apresentando edema e equimose periorbitaria do lado esquerdo, hiposfagma do lado esquerdo, degrau osseo palpavel em regiao supra-orbitaria, alem de afundamento significativo de parede anterior do seio frontal. Apos avaliacao da equipe da Neurocirurgia e internacao pela mesma, a equipe da Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial foi acionada e fez-se o diagnostico clinico e imaginologico estabelecendo a fratura da parede anterior de seio frontal e de rebordo supra-orbitario esquerdo como diagnostico. Utilizou-se tomografia computadorizada para avaliacao da situacao da parede posterior do seio frontal, observando-se a manutencao da sua integridade. Nao foi observada drenagem de liquido cefalorraquidiano.
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