Elementos climáticos e incidência de dengue: teoria e evidência para municípios brasileiros
2011
Este estudo buscou entender a influencia do clima na incidencia e distribuicao espacial de dengue no Brasil e, a partir de tal influencia, mapear e projetar tais efeitos nos gastos publicos com saude (hospitalizacao e programas de combate) no curto e no longo prazo. A alta incidencia da dengue, assim como outras doencas nocivas a saude publica da populacao, aumentam os gastos publicos com saude e diminuem o tempo de trabalho e produtividade dos trabalhadores, gerando perdas tanto nos mercados privados quanto publicos. Com relacao ao modelo teorico, foram utilizados modelos de demanda e investimento em saude, primeiramente desenvolvidos por Michael Grossman, sendo que as variacoes climaticas de curto prazo foram tratadas como exogenas. Os metodos econometricos utilizados respaldam-se em Modelos de Poisson aplicados para dados em painel dos municipios brasileiros de 2000 a 2009. Resultados preliminares indicam que o aumento da temperatura impacta positivamente no risco de dengue no Brasil. No caso da relacao entre dengue e quantidade de chuvas, o efeito estimado foi positivo, porem decrescente, chegando a ser negativo no caso de grandes quantidades de chuvas para algumas das regioes analisadas. A umidade relativa media tambem foi importante para explicar a incidencia de dengue. Outras variaveis socioeconomicas mostraram relacao positiva entre pobreza e dengue em algumas regioes do Brasil.
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