Novo século, velho problema: tendência da mortalidade infantil e seus componentes no Nordeste brasileiro

2021 
Resumo Introducao A mortalidade infantil ainda representa um desafio para os paises em desenvolvimento. Objetivo Analisar a tendencia da mortalidade infantil e seus componentes nos estados do Nordeste brasileiro entre 2001 e 2015. Metodo Estudo ecologico envolvendo quatro indicadores de mortalidade infantil: geral, neonatal precoce, neonatal tardia e pos-neonatal. Foi aplicado o modelo de regressao por pontos de inflexao (joinpoint regression). A tendencia foi classificada em crescente, decrescente ou estacionaria. Calculou-se o Percentual de Variacao Anual (APC, Annual Percent Change), considerando Intervalo de Confianca de 95%. Resultados Foi observada tendencia decrescente da mortalidade infantil geral no Nordeste (-3,9%) e em todos os estados, sendo Pernambuco com maior reducao (-5,2%). Na mortalidade neonatal precoce, somente o Maranhao apresentou tendencia estacionaria (-0,2%). Na mortalidade neonatal tardia, Maranhao, Piaui, Paraiba e Sergipe apresentaram padrao estacionario. A mortalidade pos-neonatal foi a que apresentou maior reducao, tendo destaque Alagoas (-8,6%) e Pernambuco (-7,6%). No Nordeste, esse componente apresentou variacao anual de -6,1%. A partir do final da primeira decada, a mortalidade pos-neonatal apresentou padrao estacionario no Nordeste, destacando-se Maranhao, Ceara, Rio Grande do Norte e Sergipe. Conclusao Embora tenha sido verificada reducao da mortalidade infantil no Nordeste do Brasil, o comportamento estacionario em alguns estados configura motivo de preocupacao, tendo em vista que os valores ainda sao muito elevados quando comparados aos de locais desenvolvidos.
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