Atitudes de pais não vacinadores podem ser uma ameaça ao Brasil

2018 
Introducao : A vacinacao possui elevada relevância epidemiologica, sendo um dos principais mecanismos contra as doencas preveniveis. A nao vacinacao tem promovido em paises desenvolvidos um aumento na transmissao dessas doencas (LARSON et al., 2016). Conhecer tendencias e atitudes de pais sobre vacinas permite avancar em conhecimento da realidade favorecendo a avaliacao das politicas publicas de imunizacao com olhar preventivo sobre os aspectos de recusa. Objetivos : Identificar e difundir a perspectiva de recusa de vacinacao de criancas em paises desenvolvidos e estimular a realizacao de estudos no Brasil para conhecimento da realidade atual, visando atuar preventivamente na politica publica de imunizacao infantil. Metodo : Revisao da bibliografia internacional, no periodo de abril a julho de 2016, de paises em desenvolvimento e do Brasil, em bases de dados SCielo e Pubmed utilizando os descritores recusa as vacinas e hesitacao em vacinas. Resultados : Ao todo foram encontrados 43 artigos com os termos pesquisados. Apos analise dos resumos foram excluidos 21 artigos por nao se adequarem a tematica pesquisada e aos criterios de inclusao. Fizeram parte do estudo 22 artigos. Nos paises desenvolvidos existe farta bibliografia mostrando que os movimentos antivacinacao sao antigos e crescem de forma preocupante, induzindo os pais a nao vacinarem seus filhos (Larson et al., 2016). A politica do atual governo estadunidense de apoiar a recusa a vacina (THE NEW YORK TIMES, 2017) provocou forte manifestacao de confianca na seguranca das vacinas por mais de 350 instituicoes ( AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS, 2017) . Identifica-se, assim, que nos paises desenvolvidos, ha muitos anos, essa tematica tem sido objeto de inumeras investigacoes e com resultados preocupantes. Ja em paises em desenvolvimento a propaganda antivacinacao comprometeu a decisao dos pais (LARSON, 2017). No Brasil, surpreendentemente, apesar da ocorrencia de doencas infecciosas relevantes e da excelencia do programa nacional de imunizacao que reduziu expressivamente a morbimortalidade infantil, a producao cientifica sobre a adesao e confianca nas vacinas e rara e muito recente (BARBIERI; COUTO, 2015) Sao oportunos um artigo (BARBIERI; COUTO, 2017) e o Editorial de Cadernos de Saude Publica de recente publicacao (IRIART, 2017)  que ressaltam  a necessidade de ampliar os debates com a populacao. Conclusoes : Sugere-se que pesquisadores das ciencias da saude e sociais desenvolvam estudos para conhecer a tendencia atual das atitudes dos pais no enfrentamento dessa ameaca a saude das criancas brasileiras, identificar suas razoes socioculturais e contribuir para o debate e as politicas publicas pertinentes. Palavras-chave : Vacinas. Recusa. Hesitacao.
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