Disfunções Hemodinâmicas na Covid-19

2021 
Introducao: Covid-19 e a sindrome infecciosa causada pelo SARS-COV-2 que pode cursar com reacao inflamatoria sistemica, decorrente da liberacao de citocinas, promovendo morte celular e ativacao da cascata de coagulacao. Hipercoagulabilidade e trombose em microcirculacao, demonstrados por necropsias, conjuntamente a hipoxemia, resultam em isquemia e disfuncao orgânica. A incidencia de tromboembolismo venoso entre estes pacientes varia de 8 a 69%. Objetivo: Apresentar a fisiopatologia e repercussoes clinicas das alteracoes hemodinâmicas na Covid-19. Material e metodos: Revisao bibliografica integrativa realizada no PUBMED. Utilizou-se como estrategia de busca os descritores: “coagulopathy” “covid-19", combinado pelo operador booleano AND. Como criterio de inclusao, elegeram-se filtros de versao 5 anos, meta-analises, ensaio clinico e randomizados, trabalhos restritos a modelos humanos e sem restricao linguistica, enquanto como criterio de exclusao, descartaram-se artigos que nao abrangeram o recorte de analise. As pesquisas retornaram 12 resultados, apos interpretacao dos titulos e resumos selecionaram-se 10. Resultados: Evidencia-se maior mortalidade em individuos com altos niveis de D-dimero, relacionada a reacao hiperinflamatoria e a falencia orgânica, apesar deste ser um marcador indireto da geracao de trombina. Sua dosagem, assim como o tempo de atividade de protrombina (TAP), fibrinogenio e plaquetometria, e importante na estratificacao de risco. A Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia recomenda a realizacao de exames laboratoriais, alem de Doppler venoso de membros inferiores, na suspeita de trombose venosa profunda. Como tambem a utilizacao dos Escores de Padua e IMPROVE para avaliar o risco tromboembolico. Conclusao: Hipercoagulabilidade e isquemia decorrentes da tempestade de citocinas culminam em agravos clinicos como: embolia pulmonar, sepse, edema assimetrico de membros inferiores, disfuncao ventricular direita aguda e piora da hipoxemia. A ameaca de tromboembolismo requer acompanhamento por dosagem de plaquetas, TAP, PTT, D-dimero e fibrinogenio, com profilaxia oferecida nos casos de susceptibilidade. A piora desses parâmetros indica gravidade, com possivel necessidade de cuidados intensivos.
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