Modulações anatômicas, bioquímicas e fotossintéticas mediadas por Azospirillum brasilense inoculado via semente e pulverização foliar em milho

2019 
A utilizacao de bacterias promotoras de crescimento vegetal tem ganhado destaque devido a procura por tecnologias sustentaveis que incrementem a producao agricola mundial, podendose destacar o genero Azospirillum como o mais difundido. Bacteria de habito rizosferico, apresenta tambem capacidade para colonizar tecidos de parte aerea, abrindo portas a possibilidade para distribuicao via pulverizacoes na parte aerea, proporcionando efeitos semelhantes aos desencadeados por inoculacoes via semente. Deste modo, objetivou-se elucidar efeitos bioquimicos, fotossinteticos, anatomicos, morfofisiologicos e producao da cultura do milho inoculada por Azospirillum brasilense via semente e/ou pulverizacao foliar. Cinco ensaios foram conduzidos, quatro em nivel de campo e outro em condicoes de vaso visando avaliar os tratamentos: controle; inoculacao de A. brasilense via semente; pulverizacao foliar de A. brasilense; e inoculacao via semente aliado a pulverizacao foliar de A. brasilense. Em ensaio em vasos, ao estadio V12, induzindo restricao hidrica, e ao estadio R3, com adequada disponibilidade hidrica, efetuaram-se avaliacoes de trocas gasosas ao longo do dia, aliadas a coletas foliares para analises bioquimicas da atividade de enzimas antioxidantes, e analise de turgor celular e estabilidade de membranas ao estadio V12. Determinou-se, tambem, teor de pigmentos fotossinteticos, trocas gasosas em funcao da luminosidade (V12 e R3) e concentracao de CO2(R3). Ao V12 foram coletadas amostras para determinacoes anatomicas inerentes a vasos condutores, estomatos e lignina, e avaliado a fluorescencia da clorofila a. Ao final do ciclo determinou-se indice SPAD. Os ensaios em nivel de campo foram instalados em duas safras e locais, visando avaliar componentes da producao e produtividade da cultura. Volume, massa de raiz e massa total foram incrementados pela inoculacao + pulverizacao. A utilizacao de A. brasilense elevou o numero e diâmetro interno de vasos do metaxilema radicular. Os vasos do protoxilema tiveram area de transporte aumentada, e o floema teve numero, diâmetro e area elevados. O numero de vasos do floema foi elevado pela bacteria na folha. A epiderme adaxial e limbo foliar espessaram-se, assim como o numero de estomatos aumentou. A lignina radicular foi reduzida pelas inoculacoes, porem, estimulada nas folhas pela combinacao das aplicacoes. A pulverizacao elevou a eficiencia do fotossistema II em aproveitar eletrons e repassa-los mais eficientemente para a assimilacao liquida de CO2. A falta de agua reduziu fotossintese, porem A. brasilense sustentou maiores teores foliares de agua e maior transpiracao, facilitando aporte de CO2, evitando maiores reducoes na fotossintese. A atividade antioxidante foi impulsionada por ambas aplicacoes, principalmente nos momentos de alta luminosidade, prosseguindo ate o entardecer. A inoculacao e pulverizacao possibilitaram maior fotossintese em elevadas luminosidades. A atividade das enzimas carboxilativas elevaram-se sob elevadas concentracoes de CO2 intercelular. Fotossintese e transpiracao foram maiores nas folhas proximas a espiga, quando pulverizado A. brasilense. O teor de pigmentos fotossinteticos foliares nao variou durante o ciclo, porem, todos os tratamentos proporcionaram efeito stay-green ao final do mesmo. Nao houve efeitos na produtividade. Os resultados reafirmam o papel de A. brasilense na maior exploracao solo, e indicam seu estimulo no aproveitamento dos recursos ambientais, incremento da fotossintese e efeito stay-green, promovidos pela inoculacao via semente, porem com melhor desempenho para a pulverizacao foliar de A. brasilense.
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