ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS DE SEMENTES DE Dipteryx alata VOG. NO PROCESSO DE GERMINAÇÃO E ARMAZENAMENTO

2017 
Um dos meios mais viaveis para preservar a vegetacao nativa e manter as caracteristicas geneticas e atraves da criacao de bancos de sementes. Esta estrategia permite, alem da manutencao da especie, promover o conhecimento acerca da qualidade fisiologica e do vigor das sementes por um determinado tempo. Objetivou-se com o presente estudo avaliar o comportamento das sementes de Dipteryx alata Vog. (baru) na retomada do processo germinativo observando as fases no periodo de embebicao. Para isto, foi avaliado em intervalos de 0 a 196 horas de embebicao a atividade das enzimas αamilase e β-amilase. Foram realizados estudos histoquimicos dos compostos presentes nas sementes bem como as alteracoes destes compostos durante a germinacao. Para avaliar a resistencia das sementes desta especie realizou-se o envelhecimento acelerado em quatro tempos, sob temperatura e umidade relativa controlada. Durante a realizacao do teste estimou-se o estresse oxidativo por meio das enzimas catalase (CAT), superoxidodismutase (SOD), peroxidade (POX) e proteinas totais. Alem disso, foram efetuados os testes de respiracao, condutividade eletrica, germinacao e indice de velocidade de germinacao para avaliar o vigor das sementes diante das condicoes submetidas. A fim de se estabelecer novos protocolos de testes fisiologicos para as sementes florestais foi conduzido o teste de tetrazolio sob diferentes concentracoes e tempos de embebicao, determinando varias classes de vigor para esta especie. Quanto ao armazenamento, as sementes foram mantidas em potes de vidro hermeticamente vedados por 12 meses nas temperaturas de 10 e 20 oC. O periodo de avaliacao ocorreu a cada tres meses. Nestes intervalos avaliou-se a emergencia de plântulas, teste de raios x, germinacao e condutividade eletrica. Foi possivel concluir que as sementes de baru na retomada da germinacao expressam a atividade das principais enzimas relacionadas a sintese de “novo” e que estas promovem a mobilizacao das reservas para o eixo embrionario em aproximadamente 50 horas de embebicao. Sendo possivel caracterizar o padrao trifasico durante a embebicao das sementes na germinacao. Ao final de 196 horas, quando se encerrou a terceira fase da curva, observou-se grande consumo de carboidratos e proteinas que culminou com a formacao da raiz primaria. Concluiu-se tambem que mesmo diante de condicoes desfavoraveis as sementes de baru possuem aparatos bioquimicos eficientes na defesa de radicais livres e na peroxidacao de lipidios. Ja as sementes armazenadas por 12 meses a 10 e 20 °C se mantiveram viaveis com boa qualidade fisiologica, comprovada por meio dos testes de vigor realizados. O uso das imagens de raios-x permitiu a avaliacao das sementes durante todo o periodo de armazenamento e nao foi detectado nenhum dano proveniente do armazenamento nem mesmo danos a propria estrutura das sementes.
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