ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA SAÚDE DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS: UM ESTUDO REFLEXIVO

2020 
INTRODUCAO: A populacao indigena brasileira corresponde a aproximadamente 817.963 habitantes, distribuidos em cerca de 305 etnias. Contudo, a pluralidade existente ainda e um obstaculo para a elaboracao de politicas publicas de saude. Os direitos reconhecidos mediante a Constituicao Federal que deram base para o Subsistema de Atencao a Saude Indigena e a Politica Nacional de Atencao a Saude dos Povos Indigenas sao constructos que visam reverter o panorama de vulnerabilidade a saude da populacao indigena. Nesse contexto, o enfermeiro encontra-se inserido na equipe multidisciplinar em saude indigena, buscando oferecer uma assistencia de forma holistica e respeitando os principios culturais dessa populacao. OBJETIVO: Realizar uma reflexao acerca da vulnerabilidade a saude da populacao indigena brasileira destacando a atuacao do Enfermeiro. METODO: Trata-se de um estudo teorico - reflexivo, produzido atraves da analise de artigos publicados nos ultimos 6 anos, utilizando as seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual da Saude (BVS), por meio dos descritores: Populacao Indigena, Saude, Atencao Primaria, Enfermagem e Agentes Comunitarios de Saude. RESULTADOS: Constatou-se que nao ha efetividade na implementacao da Atencao a Saude Indigena (ASI) e Politica de Atencao a Saude dos Povos Indigenas (PNASPI). Nota-se tambem a necessidade de compreensao dos profissionais quanto aos direitos a saude da populacao indigena, alem da superacao de ideais discriminatorios. Alem disso, notou-se tambem o papel relevante do Enfermeiro na assistencia a populacao indigena e as questoes problematicas que o trabalho envolve, como a sobrecarga. Urge, tambem, o aporte de mais profissionais e condicoes de trabalho favoraveis aos enfermeiros para que haja continuidade da assistencia a saude, reduzindo a fragmentacao no cuidado existente. Alem disso, salienta-se a pouca disponibilidade de trabalhos que abordem a tematica na literatura cientifica, representando a baixa visibilidade das vulnerabilidades que permeiam a populacao indigena, apontando a importância de suscitar debates desde a formacao academica. CONCLUSAO: Conclui-se, assim, a necessidade de intensificar as acoes da PNASPI e ASI, o desenvolvimento da competencia cultura pelos profissionais da saude a fim de ofertar o cuidado respeitando as singularidades da populacao indigena. Assim, a construcao desse trabalho significou uma reflexao critica para os academicos de Enfermagem sob aspectos da saude que ainda precisam de reformulacoes e acoes mais efetivas.
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