Câncer: como abordar seu paciente sobre o diagnóstico, prognóstico e tratamento?

2018 
Avaliamos em uma amostra de base populacional como informar ao paciente portador de câncer sobre o seu diagnostico, tratamento e prognostico. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionario semi-estruturado. Amostra aleatoria. 314 participantes. Criterios de inclusao: Medicos, individuos sadios e com câncer. Criterios de exclusao: se negar a participar. Variaveis: sexo, religiao, informacoes sobre diagnostico do câncer, informacoes dos familiares, sequencia dos informados, escolha das opcoes de tratamento, sentimentos em relacao ao câncer e atitudes frente a esta noticia, informacoes sobre prognostico, posicionamento do medico em relacao ao paciente. 54,8% masculino e 45,2% feminino. 22% medicos, 43% sadios e 35% portadores de câncer. 89,8% catolicos e 10,2% evangelicos. 64,3% renda menor que 3 salarios minimos, 22,9% entre 3 a 10 e 7,3% mais de 10 salarios. 96,8% gostariam de serem informados sobre seu diagnostico e 3,2% nao. 93,9% querem ser informados antes da familia e 6,1% depois. Diante de uma opcao de tratamento 67,2% preferem escolher, 31,5% optam pela familia decidir e 1,3% pelo medico. 25,4% definem câncer como morte, 8,5% dor, 2,2% tristeza e 63,6% outros. 56,3% reagem com medo da morte, 28,0% procuram informacoes, 10,1% sofrem e choram e 5,4% informam a familia. 68,7% querem informacoes do prognostico e 31,3% nao. 44,2 % ficariam chateados com o medico por esconder informacoes e 55,8% aceitam esta atitude. A populacao quer um medico com postura etica alem de conhecimento cientifico, e na abordagem do câncer, apesar de reagirem com medo da morte, preferem receber todas as informacoes sobre seu diagnostico, opcoes de tratamento e seu prognostico antes da familia.
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