AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM METÁSTASE ÓSSEA E DOR CRÔNICA SOB CUIDADOS PALIATIVOS NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ – AL.

2020 
Introducao: A dor oncologica, caracterizada por sua multidimensionalidade, e o principal sintoma e queixa de sofrimento dos pacientes portadores de metastase ossea. Assim, o manejo da dor ao gerar incapacidade, somado ao estresse decorrente da doenca, pioram significativamente a qualidade de vida do paciente. Quando a cura e a prolongacao da vida ja nao sao possiveis, a qualidade de vida torna-se a medida fundamental. Assim, surge o paliativismo com uma terapeutica direcionada a minimizacao sintomatologica do enfermo em situacao terminal. Objetivo: Analisar a qualidade de vida de pacientes oncologicos com metastase ossea sob cuidados paliativos, relacionar qualidade de vida a dor cronica e identificar as melhorias do quadro algico. Metodologia : Ao assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aplicou-se uma ficha para identificacao. Depois, a Escala Multidimensional da Avaliacao da Dor (EMADOR), que caracteriza a dor, seu periodo, localizacao, intensidade e descritores. Alem dela, a Escala de Dor Neuropatica (DN4) para analise de componente neuropatico, paralela a escala que avalia qualidade de vida - MCGill. Reaplicavam-se mensalmente durante um ano para obtencao de resultados qualitativos e quantitativos dos respectivos individuos internados e/ou ambulatoriais. Resultados: 16 pessoas foram avaliadas no periodo de um ano, duas foram reavaliadas uma vez e uma foi reavaliada duas vezes. Destes, 62,5% eram mulheres e 37,5% homens. Para a analgesia, era usado morfina, dipirona, tramadol, dexametasona e gabapentina. O DN4 revelou que 68,75% tinham dor neuropatica e 31,25% nao. O EMADOR acusou prevalencia de dor na coluna lombar (75%), peitoral (50%) e na escala visual analogica, prevaleceu nota 10 (25%) e 6 (18,75%). No MCGill, classificamos os resultados em “muito ruim” (notas 0-2), ruim (3-4), regular (4-5), bom (6-7) e otimo (8-10). Na parte “A” do questionario, 37,25% obtiveram otimo, 31,25% bom, 25% regular e 6,25% muito ruim. Nas B, C e D, o score validado apontou 62,5% entrevistados com boa qualidade de vida e 37,5% regular. Dos entrevistados, dois foram reavaliados uma vez e um reavaliado duas vezes. A reavaliada uma vez evoluiu com piora algica e de qualidade de vida. Os outros dois reavaliados mais de uma vez saindo obtiveram melhora em todos os aspectos. Conclusao: A qualidade de vida, mesmo que reavaliada em poucos pacientes, mostrou-se boa, visto que os pacientes ja estavam em tratamento paliativo acompanhado pela equipe multiprofissional. O quadro algico, alem de estar controlado, tambem melhorou nos reavaliados, quando considera-se a maioria. A dor neuropatica, presente na maioria dos pacientes, estava controlada atraves das terapeuticas multiprofissionais utilizadas. Logo, fica claro que a equipe de cuidados paliativos, contribui diretamente e positivamente no dia a dia do paciente, melhorando sua qualidade de vida global e fornecendo dignidade ate o fim de sua vida.
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