SÍNDROME DE HELLER: a importância da multidisciplinaridade no tratamento sintomatológico

2019 
Introducao : O Transtorno Desintegrativo da Infância (TDI), tambem conhecido como Sindrome de Heller ou Autismo Regressivo e classificado como um tipo de Transtorno do Espectro Autista localizado dentro dos Transtornos invasivos do desenvolvimento nao autisticos, de acordo com o DSM-V. Essa sindrome e rara (1,7 casos em 100.000 pessoas da populacao possuem a doenca).  Mais comum em meninos, pode ser caracterizada como um processo de desordem neurologica, rapido e regressivo das habilidades de comunicacao, interacao social e psicomotricidade, assim como, comportamento repetitivo e com estereotipias motoras (MUGHAL e SAADABADI, 2018). Tem-se focado, na atualidade, na promocao de estrategias que promovam maior qualidade de vida a este grupo de criancas, diante da doenca que e incuravel. Objetivo: O presente estudo busca mostrar o quao relevante e a multidisciplinaridade (medicos, psicologos, psicopedagogos, fisioterapeutas, fonoaudiologos, terapeutas ocupacionais, pais, professores e cuidadores) em relacao ao tratamento da Sindrome de Heller e suas complicacoes, a fim de proporcionar uma melhoria qualitativa de vida para esses individuos e seus familiares. Metodologia: O metodo em questao baseia-se em uma revisao de literatura sobre a Sindrome Heller a fim de esclarecer o carater incuravel desse transtorno e como e significante para os portadores o seu tratamento paliativo. Resultados e discussao: E notoria a dificuldade que ha na descoberta da etiologia do TDI, o que torna a doenca desprovida de cura. No entanto, tratam-se os sintomas da crianca (que comecam por volta dos 2 a 3 anos), a involucao no desenvolvimento da linguagem verbal, comunicacao social, controle de esfincteres, realizacao de autocuidado que antes eram normais ou com alteracoes pouco perceptiveis pelos familiares, principalmente em casos que e o primogenito dos pais. Quando ocorre essa sindrome e o diagnostico e feito em criancas com idades maiores, o caso torna-se mais grave, devido o proprio individuo perceber a regressao nas areas ja citadas, o que leva a um desequilibrio emocional, irritabilidade e agitacao necessitando da ajuda de psicologos para auxiliar no entendimento da doenca e, consequentemente, na organizacao dos pensamentos, orientacoes e suporte ao paciente. Ja em relacao a quando ocorre o deficit intelectual e interessante o acompanhamento com o psicopedagogo.  No caso dos disturbios da fala o acompanhamento e realizado por fonoaudiologo. Quanto ao desenvolvimento motor prejudicado a fisioterapia e uma otima aliada. Para tratamento da falta de interacao social, comunicacao e autocuidado, e relevante a terapia ocupacional. Para educacao dos pais sobre a doenca utiliza-se a psicoeducacao, que vai orientar os familiares sobre o que e a doenca, formas que terao que utilizar pra adequar a rotina do portador do transtorno, ja que ele apresenta dependencia e os gastos financeiros com o tratamento irao ser maiores. Segundo Mercadante (2006), os pais devem entender a gravidade do TDI, principalmente porque se trata de um transtorno que mesmo se realizar todo o tratamento necessario a evolucao do paciente e muito pequena, principalmente se comparada ao autismo classico. Tal fato pode gerar estresse, desespero e desanimacao, muitas vezes, dos pais. Alem disso, combinam-se esses tratamentos psicoterapicos com o farmacologico para tratamento sintomatico e das comorbidades. Outro fator muito importante sao as multiplas especialidades medicas para auxiliar no caso (psiquiatra, pediatra, neuropediatra, dentre outros, conforme necessidade da crianca). Conclusao: Conclui-se que, de acordo com o elucidado acima e imprescindivel um acompanhamento multidisciplinar com plano terapeutico adequado para cada individuo, abordando a sintomatologia e comorbidades do TDI, com o intuito de promover mais funcionalidade e uma melhoria da qualidade de vida desse paciente e de seus familiares.
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