Troca por troca: cidadania pela história? Ensaio bibliográfico sobre as relações entre ciências sociais e educação para a cidadania

2020 
Como Pinar (2015) e Santome (2017), reconhecemos, neste trabalho, que a historia e um elemento inequivoco no âmbito da educacao para a cidadania, porem denotando que, a este nivel, as restantes areas curriculares nao podem ser menosprezadas. O ensino da historia, tambem associado a outras ciencias sociais, assente em determinadas intencionalidades (Prats, 2006) pode, de facto, contribuir para uma educacao democratica, responsavel e aberta ao dialogo, no sentido de uma real cidadania. Se mais do que memorizarem conteudos e explicacoes unicas, os estudantes desenvolverem destrezas proprias do pensamento historico (Seixas e Morton, 2013), adquirindo consciencia cidada como sujeitos capazes de interpretar criticamente a sociedade onde se integram, fundamentando-se na evidencia disponivel (Barca, 2015; Alves, 2016; Chapman, 2016). Esse processo, todavia, pressupoe a compreensao de que as dinâmicas de educacao para a cidadania nao se circunscrevem a uma so area do saber. O processo de formacao cidada tem de ser um esforco coletivo (Biesta, 2011), transdisciplinar e transversal (Lopez, 2015), tendo a disciplina de Historia um papel fundamental, nao exclusivo. Partindo de noticias recentes, em Portugal, que parecem confirmar certa confusao entre educacao historica e educacao para a cidadania, pretendemos desenvolver uma reflexao sobre estes dois dominios formativos. Assim, discutiremos abordagens educativas dominantes, dimensoes curriculares ocultas, intencoes (des)ordenadas inerentes as disciplinas que, varias e com especificidades proprias, poderao afirmar-se como recurso para uma consequente atitude cidada.
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