Hanseníase e migração: correlação espacial em um Estado hiperendêmico da Amazônia brasileira

2021 
Este estudo teve como objetivo identificar a dependencia espacial das taxas de deteccao de hanseniase na populacao geral e em menores de 15 anos com a proporcao de migracao, no estado do Para.  Foi realizada pesquisa com desenho de estudo ecologico em uma serie historica de casos de novos de hanseniase, entre os anos de 2006 a 2015, a partir de do banco de dados do Sistema de Informacao de Agravos Notificaveis do Ministerio da Saude, referentes ao Estado. A evolucao temporal da taxa de deteccao geral, padronizada pela idade, apresentada geograficamente, identificou um corredor de muito hiperendemicidade, no sentido Sudoeste-Sudeste do Estado e dois aglomerados de municipios, tambem de muito hiperendemicidade, na fronteira com os estados do Tocantins e do Maranhao. A analise espacial demonstrou que as taxas medias na populacao em geral e em menores de 15 anos e a proporcao de migracao apresentaram autocorrelacao espacial positiva, permitindo identificar clusters localizados nas areas Sudeste, Sudoeste, Centro Norte e Nordeste do Estado. Nessas areas estao concentrados os projetos de exploracao mineral e de agropecuaria e foram construidas duas Usinas Hidroeletricas nas decadas de 1960 e 2000, sendo favorecidas por rede viaria e ferroviaria consolidada que e usada para o escoamento dos produtos e para o intenso fluxo migratorio das pessoas. Esta pesquisa evidencia que a hanseniase apresenta alta magnitude com caracteristica de transmissao e que os 2/3 da area territorial que expressam hiperendemicidade, a destacando como serio problema de saude publica no estado do Para.
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