O BRINCAR TERAPÊUTICO NO PREPARO DA CRIANÇA COM CÂNCER SUBMETIDA A PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA.
2019
INTRODUCAO: no Brasil, o câncer e considerado a principal causa de morte por doencas na populacao infanto-juvenil. Durante seu tratamento a crianca permanece muito tempo hospitalizada, sendo submetida a diversos procedimentos dolorosos resultando em multiplos impactos na sua vida. A utilizacao do Brinquedo Terapeutico Instrucional (BTI) pode ser uma estrategia eficaz para lidar com os efeitos negativos da hospitalizacao. OBJETIVO: avaliar as reacoes comportamentais, de criancas em um setor de quimioterapia infantil durante a puncao venosa periferica, antes e apos o uso do brinquedo terapeutico instrucional. METODOLOGIA: trata-se de uma pesquisa prospectiva, descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida em um um hospital publico, referencia em tratamento oncologico, durante o periodo de agosto de 2018 a janeiro de 2019. A amostra constitui-se de 27 criancas entre 3-12 anos. A coleta de dados foi dividia em etapas na qual as criancas eram observadas durante a realizacao da puncao venosa, antes e apos ter sido preparada com o BTI e as suas reacoes eram registradas durante os dois momentos. Para o desenvolvimento das sessoes com o BTI foi utilizado o protocolo de Martins, Ribeiro, Borba e Silva. Os dados foram analisados atraves da estatistica descritiva e os testes Qui-quadrado de Pearson e teste t de Sudent. A pesquisa atendeu todas as exigencias eticas envolvendo pesquisa com seres humanos com parecer CAAE no 6209736.8.000.5548. RESULTADOS: os participantes do estudo foram majoritariamente pre-escolares com idade entre tres e seis anos, representando 70,4% da amostra final. O sexo feminino teve prevalencia ao sexo masculino. Em relacao as reacoes comportamentais observadas, pode-se perceber que antes do preparo com o BTI a maioria das criancas expressaram reacoes de menor aceitacao ao procedimento, com destaque para: gritar (77,8%); negar (70,4%); chorar (85,2%) e movimentar-se (92,6%). Entretanto, ao utilizar o BTI foi possivel verificar uma reducao significativa dessas reacoes (p= 0,02) e maior aceitabilidade no momeno da puncao venosa: gritar (18,5%); negar (40,7%); chorar (51,9%); sorrir (22,2%) e ficar quieta (77,8%). CONCLUSAO: observou-se que antes da sessao com o brinquedo a maioria das criancas mostraram-se temerosas e pouco cooperativas com a equipe de enfermagem durante a realizacao da puncao venosa. No entanto, essas reacoes tornaram-se menos frequentes apos as sessoes com o BTI, quando as criancas ficaram mais colaborativas. Isso demostra que o BT contribui para o fortalecimento ou otimizacao de comportamentos que evidenciam maior aceitacao e adaptacao de infantes hospitalizados submetidos a realizacao da puncao venosa periferica.
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