“MICRORNA-155 E RETINOPATIA DIABÉTICA: ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS E DO POLIMORFISMO RS767649”

2018 
A retinopatia diabetica (RD) e uma das principais complicacoes cronicas do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), pois ocorre em mais de 60% dos pacientes, e tambem compoe a principal causa nao-traumatica de novos casos de cegueira em paises ocidentais. A RD pode ser classificada como ausente (sem RD), nao proliferativa (RDNP) e proliferativa (RDP). Os microRNAs (miRs) sao pequenos RNAs endogenos, com aproximadamente 20 a 22 nucleotideos, com capacidade de regular a expressao genica em um nivel pos-transcricional por meio da degradacao ou inibicao de seus genes-alvo. O miR-155 e codificado por um gene localizado no cromossomo 21 e quando superexpresso, resulta na inflamacao cronica. O presente estudo tem como objetivo avaliar o polimorfismo rs767649 (T>A) no gene do miR-155 e os niveis plasmaticos deste miR com a presenca e a gravidade da RD nos pacientes com DM2. Foram incluidos 527 pacientes diagnosticados com DM2, sendo 235 pacientes sem RD, 160 com RDNP e 132 com RDP, alem de 67 doadores do banco de sangue. A expressao genica inclui 90 pacientes, porem, apenas nove pacientes foram avaliados ate o momento (2 sem RD, 5 com RDNP e 2 com RDP). O DNA foi extraido de leucocitos do sangue periferico utilizando-se o metodo de “salting out”, e os genotipos do polimorfismo rs767649 no gene do miR-155 foram determinados pela tecnica da reacao em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real. Os miRs foram extraidos utilizando o kit comercial miRvana ® PARIS. A reacao de conversao dos miRs em cDNA e as reacoes de amplificacao em tempo real (RT-qPCR) foram feitas utilizando-se ensaios comerciais, com “primers” e sondas de hidrolise especificos para este miR. Utilizamos o cel-miR-39 como controle endogeno da reacao de RT-qPCR. As frequencias dos genotipos do polimorfismo rs767649 estavam de acordo com o equilibrio de Hardy-Weinberg tanto para os pacientes como para os doadores. A frequencia do alelo A foi identica nos dois grupos (0,08), nao sendo observada associacao desse alelo com o DM2 (p=0,997). Com relacao a presenca e gravidade da RD, as frequencias alelicas nao apresentaram diferencas significativas entre os tres grupos (sem RD=0,06; RDNP=0,09; RDP=0,10; p=0,094). Porem, o alelo A foi mais frequente entre os pacientes com RD em comparacao aos pacientes sem esta complicacao (0,09 contra 0,06, respectivamente, p=0,050). A regressao logistica univariada, usando o modelo dominante, mostrou uma associacao do alelo A com a RD (razao de chances = 1,91; IC 95% 1,15-3,18; p=0,012). A regressao multivariada demonstrou, tambem, essa associacao (razao de chances = 1,94; IC 95% 1,03-3,65; p=0,040). Os resultados da expressao obtidos ate o momento nao apresentaram diferencas significativas entre os grupos (p=0,954). No entanto, mais estudos sao necessarios para avaliar o papel desse polimorfismo no desenvolvimento do DM2 e da retinopatia diabetica, bem como finalizar as analises da expressao genica.
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