O espaço e o tempo no Largo da Sé em Lisboa

2008 
O espaco e o tempo no Largo da Se em Lisboa Joao Menezes de Sequeira O presente artigo procura dar uma pequena contri¬buicao para o estudo do espaco urbano portugues e, de uma forma generica, para o estudo da percepcao do espaco, como instrumento original do arquitecto e do urbanista. O Largo da Se foi, na origem, parte central da cidade de Lisboa. Hoje encontra-se relegado para uma posicao ambigua na cidade, um espaco onde se margeia. Ao darmos uma panorâmica mais aprofundada sobre a evolucao deste Largo ate a Idade Media, com as alteracoes morfologicas de que foi objecto, procuramos entender os diversos modos como um mesmo espaco pode ser vivido e sentido. Essas alteracoes morfologicas, nao tendo uma simetria directa com o modo como se realiza a percepcao do lugar, nao deixam de marcar inflexoes importantes no modo de estar e sentir o mundo. Desde a Antiguidade, passando pela cidade arabe, ate a cidade medieval constatamos uma simpatia entre a morfologia urbana e modos de ver o mundo. Existem fortes indicios de que a propria ideia de espaco, tal como a conhecemos na actualidade, e completamente estranha aquelas epocas. Palavras-chave: morfologia; vestigios arqueologicos; espaco urbano; percepcao. This article intends to contribute for the study of Portuguese urban space and in a generic way, for the study of space perception, as an original instrument of architects and town planners. The Largo da Se Catedral was once, a central space in the city of Lisbon, today it’s relegated for an ambiguous position. With a survey about the evolution of this space we intend to understand the different ways of living it, despite morphologic alterations that occurred along history. Those morphologic alterations don’t have a direct symmetry with the perception of place, never the less they still generate important influences in the way people be and feel the world. From the Antiquity, passing trout the Arab city, and ending in the medieval city, we see sympathy between the urban morphology and ways of seeing the world. Strong circumstantial evidences show that our idea of space is completely strange to those times. Keywords: morphology; archeological vestiges; urban space; perception.
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