Anos potenciais de vida perdidos e custos hospitalares da leptospirose no Brasil

2011 
OBJETIVO: Estimar os custos associados a hospitalizacao e os anos potenciais de vida perdidos devido a leptospirose. METODOS: Foram utilizados os bancos de dados de sistemas de informacao em saude do Ministerio da Saude para o relacionamento probabilistico dos casos e internacoes que evoluiram a obito por leptospirose em 2007. No Sistema de Informacao de Agravos de Notificacao os casos confirmados foram subdivididos em internacao e obito, que foram relacionados as seguintes bases: Sistema de Informacoes Hospitalares (registros com diagnostico principal) e Sistema de Informacoes sobre Mortalidade (causa basica do obito, A27.0, A27.8 e A27.9). Foram estimados os custos parciais de internacao, os obitos pela doenca, os anos potenciais de vida e de trabalho perdidos. RESULTADOS: As caracteristicas da maioria das internacoes que evoluiram para obito eram: sexo masculino, entre 18 e 49 anos, raca branca, zona urbana e ensino fundamental incompleto. Foram 6.490 anos potenciais de vida perdidos, sendo 75% da faixa etaria de 20 a 49 anos. Quando ajustada pela populacao, a perda foi de 15 dias de vida/1.000 habitantes. A proporcao de anos potenciais de vida perdidos pelo numero de obitos foi em media de 30 anos perdidos para cada obito. O impacto financeiro estimado foi equivalente a R$ 22,9 milhoes em salarios nao ganhos. Os custos hospitalares foram de R$ 831,5 mil. Considerando os dias de salario perdidos por periodo de internacao (mediana: 6 dias), houve perda de R$ 103,0 mil. CONCLUSOES: Houve elevado custo social em termo de anos potenciais de vida perdidos e gasto hospitalar parcial com leptospirose quando comparado ao possivel tratamento precoce ou nao adoecimento, o que poderia ter minimizado o impacto dessa doenca na populacao brasileira.
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