Subjetividades em relação: diálogos entre o modelo praxiológico da Comunicação e perspectivas feministas do Sul Global
2020
Este artigo discute como os processos comunicacionais, em interface com perspectivas feministas do Sul Global, corroboram com a construcao de um olhar critico as formas de dominacao e mais sensivel as resistencias e redes de solidariedades do que as nocoes feministas hegemonicas. Para isso, tracamos um panorama do modo como a colonialidade do saber se materializou na distribuicao desigual entre as mulheres, estabelecendo uma sujeita do feminismo a partir da nocao universalista partidaria do movimento que toma o ocidente como sujeito absoluto – reverberando diretamente na producao de conhecimento feminista. Discutimos ainda o papel da comunicacao na construcao, contestacao e subversao de sentidos, tecendo reflexoes a partir de inquietacoes de teoricas feministas descentralizadas. Por fim, argumentamos que a forma pela qual os processos comunicacionais, na afetacao do comum, podem possibilitar a construcao de novos sentidos, mais plurais e sensiveis as vozes anteriormente negligenciadas.
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