Influência da reabilitação pulmonar no paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica fenótipo exacerbador

2020 
RESUMO Objetivo Verificar se existem diferencas em pacientes com doenca pulmonar obstrutiva cronica (DPOC) fenotipos exacerbador e nao exacerbador submetidos a um programa de reabilitacao pulmonar (PRP). Metodos Estudo retrospectivo de vida real que incluiu pacientes com DPOC da rede publica de atendimento ambulatorial em nivel de atencao primaria, que completaram o PRP, com duracao de 12 semanas, tres vezes por semana. Todos foram avaliados antes e depois do PRP, por meio do teste de caminhada dos seis minutos (TC6min), indice de dispneia (mMRC), qualidade de vida e indice BODE. Resultados Dos 151 pacientes analisados, a media de idade foi 65,0 ± 8,1 anos e a media VEF1% do predito foi de 39,8 ± 15,9. O genero predominante foi o masculino (66,9%). Desses pacientes, 31 (20,5%) eram fenotipo exacerbador. Houve melhora significativa na media da distância percorrida no TC6min em ambos os grupos, sendo a maior mudanca observada no grupo exacerbador [mΔ(IC95%): 84,9 (57,1-112,6) vs. 48,6 (37-60,2); p = 0,018]. Reducao significativa da dispneia pela escala mMRC ocorreu em ambos os grupos, sendo de maior intensidade no grupo exacerbador [mΔ(IC95%): -0,8 (-1,11 a 0,51) vs. -1,6 (-2,20 a -1,13); p = 0,006]. Melhora no indice BODE ocorreu em ambos os grupos, mas a variacao media tambem foi significativamente maior no grupo exacerbador [mΔ(IC95%): -1,44 (-2,17 a -0,70); p = 0,045]. Conclusao Os pacientes com DPOC fenotipo exacerbador apresentaram maior magnitude de resposta ao PRP (36 metros) quando comparados ao nao exacerbador, independentemente da gravidade da obstrucao do fluxo aereo, impactando a melhora no prognostico medido pelo indice BODE.
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