Estudo experimental sobre a eficiência e segurança da manobra de hiperinsuflação manual como técnica de remoção de secreção

2013 
OBJETIVO: Avaliar, em um modelo pulmonar simulando um paciente sob ventilacao mecânica, a eficiencia e a seguranca da manobra de hiperinsuflacao manual (HM) com o intuito de remover secrecao pulmonar. METODOS: Oito fisioterapeutas utilizaram um ressuscitador manual autoinflavel para realizar HM com o objetivo de remover secrecoes, em duas condicoes: conforme rotineiramente aplicada durante sua pratica clinica, e apos receberem instrucoes verbais baseadas em recomendacoes de especialistas. Tres cenarios clinicos foram simulados: funcao pulmonar normal, doenca pulmonar restritiva e doenca pulmonar obstrutiva. RESULTADOS: Antes da instrucao, o uso de duas compressoes sequenciais do ressuscitador era comum, e a pressao proximal (Pprox) foi mais alta em relacao a obtida apos a instrucao. Entretanto, a pressao alveolar (Palv) nunca excedeu 42,5 cmH2O (mediana, 16,1; intervalo interquartil [IQ], 11,7-24,5), mesmo com valores de Pprox de ate 96,6 cmH2O (mediana, 36,7; IQ, 22,9-49,4). O volume corrente (VC) gerado foi relativamente pequeno (mediana, 640 mL; IQ, 505-735) e o pico de fluxo inspiratorio (PFI) geralmente excedeu o pico de fluxo expiratorio (PFE): 1,37 L/s (IQ, 0,99-1,90) e 1,01 L/s (IQ, 0,55-1,28), respectivamente. Uma relacao PFI/PFE < 0,9 (que teoricamente favorece a migracao do muco em direcao as vias aereas centrais) foi obtida em somente 16,7% das manobras. CONCLUSOES: Nas condicoes testadas, a HM gerou valores seguros de Palv mesmo com altas Pprox. Entretanto, a HM foi comumente realizada de um modo que nao favorecia a remocao de secrecao (PFI excedendo PFE) mesmo apos a instrucao. A relacao PFI/PFE desfavoravel foi explicada pelas insuflacoes rapidas e o baixo VC.
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