CARDIOTOXICIDADE EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO TRATADOS COM HIDROXICLOROQUINA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

2021 
Introducao: O Lupus Eritematoso Sistemico (LES) e uma doenca inflamatoria cronica multissistemica e autoimune. LES acomete cerca de 10 vezes mais o sexo feminino, preferencialmente jovens e de raca nao caucasiana.Objetivos: Estimular maiores estudos acerca da Hidroxicloroquina, em especial o seu efeito cardiotoxico em pacientes lupicos a longo prazo. Material e metodos: Trata-se de uma revisao de literatura exploratoria com base em artigos completos encontrados na base de dados da Biblioteca Virtual em Saude (BVS), nos ultimos cinco anos. Inicialmente foram identificados 17 artigos, dos quais 5 foram selecionados manualmente por melhor se relacionarem ao tema. Resultados: Os rins costumam ser os principais orgaos acometidos pela doenca, entretanto os fatores cardiovasculares sao os mais associados a morbimortalidade de pacientes com LES. A hidroxicloroquina (HCQ) e um dos farmacos mais utilizados no tratamento do LES, pois age como como imunomodulador e anti-inflamatorio, e possui uma toxicidade considerada minima. Atualmente seu potencial de toxicidade reconhecido e o acometimento da retina, sendo o uso limitado a uma dose diaria de 5 mg/kg e recomendacao de rastreamento anual de campo visual e coerencia optica, principalmente apos os 5 primeiros anos de tratamento segundo as diretrizes da Academia Americana de Oftalmologia. Porem alguns estudos demonstram que a HCQ possui efeito cardiotoxico, podendo levar a uma insuficiencia cardiaca progressiva e potencialmente irreversivel, transplante cardiaco e ate mesmo morte. Mesmo apos a suspensao da HCQ a resposta clinica do paciente pode variar amplamente, podendo ter uma completa melhora ou ter piora progressiva de sintomas, danos irreversiveis, transplante cardiaco ou ate morte. Conclusao: O LES e uma doenca autoimune multissistemica que acomete principalmente o sexo feminino e tem o sistema cardiovascular como um dos principais associados a morbimortalidade pela doenca.  Embora nao seja uma recomendacao da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) ou da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o reconhecimento precoce, a triagem e o diagnostico de cardiotoxicidade e descontinuacao da terapia com HCQ podem diminuir algumas complicacoes cardiacas.
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