Avaliação ecocardiográfica na diabetes mellitus tipo 1
2021
Resumo Fundamento Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e uma doenca cronica com pico de incidencia na adolescencia, com grande impacto na morbimortalidade, principalmente cardiovascular. A cardiomiopatia diabetica caracteriza‐se por lesoes estruturais e funcionais na ausencia de outras doencas; e esta implicada na progressao para insuficiencia cardiaca. A ecocardiografia tem propiciado a identificacao de lesoes cardiacas precoces, apesar de resultados controversos na DM1. Objetivo Avaliar alteracoes cardiacas em individuos com DM1 em comparacao ao controlo (pessoas sem comorbidades) atraves de ecocardiografia bidimensional convencional com Doppler e avancada com strain por speckle tracking. Metodos Estudo caso‐controlo com 40 pacientes com DM1 de 20 a 50 anos, assintomaticos, normotensos, e 40 controlos. Avaliacao ecocardiografica em modo bidimensional foi realizada para medida de espessura miocardica e das câmaras cardiacas, uso de Doppler tecidular na analise diastolica e strain por speckle tracking para quantificar a funcao sistolica ventricular. Resultados Idade media foi de 33 anos em ambos os grupos, com duracao media da DM1 de 18 anos, 20% dos pacientes com diabetes apresentaram retinopatia diabetica; 12,5%, lesao renal; e 10%, neuropatia periferica. Houve diferencas na funcao diastolica do ventriculo esquerdo (E’ lateral, E’ medio e relacao S/D) e do ventriculo direito (E’ tricuspide e relacao E’/A’ tricuspide). O valor medio do strain global longitudinal foi ‐21,7% (+‐ 2,3) no grupo DM1 e ‐21,0% (+‐2,0) no controlo (p = 0,21). Conclusao A avaliacao ecocardiografica identificou reducao nos indices de funcao diastolica na DM1 em comparacao ao controlo, que pode constituir a lesao cardiaca inicial na diabetes.
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