SUPLEMENTAÇÃO DE SULFATO FERROSO NA GESTAÇÃO E ANEMIA GESTACIONAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA

2018 
Este estudo objetivou realizar uma revisao da literatura sobre a influencia da suplementacao de ferro na prevencao da anemia ferropriva na gestacao e seus efeitos associados na saude do binomio mae e feto. Para tanto, foram consultadas as bases de dados PUBMED, MEDLINE, SCIELO com os descritores “anemia”, “pregnancy” e “ferrous sulfate”, e selecionados os estudos que avaliavam os beneficios, maleficios e/ou a necessidade da suplementacao ferrosa durante a gestacao. Dos duzentos e um (201) artigos selecionados, onze (11) se enquadravam nos criterios. Dentre esses, quatro (04) abordaram apenas aspectos positivos, quatro (04) somente a perspectiva negativa e tres (03) apresentaram ambos os lados. Ademais, oito (08) artigos fizeram ressalvas que contrapoem o atual modelo de uso rotineiro no Brasil, evidenciando que a suplementacao individual de ferro seja preferida a rotineira. Isso porque, embora a anemia seja apontada como geradora de abortos espontâneos, restricao de crescimento intrauterino, parto pre-termo, pre-eclâmpsia, dentre outros, a suplementacao tambem pode gerar efeitos negativos, os quais sao resultantes tanto da hemoconcentracao – em funcao do aumento expressivo dos niveis de hemoglobina – quanto dos efeitos colaterais da suplementacao, como nauseas, vomitos, dor abdominal e constipacao. Ainda, nao houveram diferencas nos valores de hemoglobina e de prevalencia de anemia significantes nos estudos avaliados, nem desfechos clinicamente relevantes em gestantes nao anemicas que receberam profilaxia com sulfato ferroso. Desse modo, o uso individualizado de acordo com cada paciente e mais plausivel, pois a forma rotineira negligencia aspectos individuais, como a melhor frequencia de uso, a demanda e os efeitos colaterais.
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