Efeitos da fotobiomodulação com diodos emissores de luz (LEDs), vermelhos e infravermelhos, sobre aspectos clínicos em pacientes com disfunção temporomandibular: estudo clínico, randomizado, controlado e duplo-cego
2020
A disfuncao temporomandibular – DTM e um termo referente as anormalidades que atingem as articulacoes temporomandibulares - ATMs e/ou os musculos da mastigacao. A fotobiomodulacao por meio do diodo emissor de luz - LED surge como mais uma opcao terapeutica no tratamento de pacientes com DTM, promovendo alivio da dor e melhora na amplitude de movimento mandibular. O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da fotobiomodulacao com uso simultâneo de LEDs, vermelhos (660 nm) e infra-vermelhos (850 nm), sobre a dor, a amplitude de movimento mandibular em individuos com DTM. Foi realizado um ensaio clinico, controlado, randomizado e duplo-cego em 18 mulheres diagnosticadas com DTM, avaliadas utilizando: questionario Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorder, escala visual analogica, e a amplitude de movimento mandibular. As voluntarias da pesquisa foram avaliadas e permaneceram por duas semanas sem nenhuma intervencao, em seguida alocadas de forma randomizada em um dos dois grupos: Grupo LED (fotobiomodulacao tres vezes por semana com intervalo entre as sessoes, durante 2 semanas, totalizando 6 sessoes nao consecutivas de tratamento) e Grupo Controle (equipamento desligado como placebo). Utilizou-se dispositivo com 18 LEDs vermelhos – 660 nm e 18 LEDs infravermelhos – 850 nm, exposicao radiantes de 5,35 J/cm2, potencia total de 126 mW, irradiacao de 4,45 mW/cm2 por ponto com tempo de exposicao de 1200 segundos, resultando em uma energia de 75,6 J por ponto, e energia total irradiada de 907,2 J por participante, nas regioes das ATMs, e dos musculos masseteres e musculos temporais. A partir de uma amostra inicial de 78 voluntarios, foram randomizadas 18 mulheres, com media de idade 23,61 (±3,68) anos, entre janeiro de 2019 e dezembro de 2019. Para o desfecho dor houve diferenca estatistica significativa na comparacao entre o tratamento com LED e o Controle ao final do tratamento (p=0,0013), assim como na comparacao entre o inicio e final do tratamento com LED (p=0,0002). O desfecho amplitude de movimento mandibular foi avaliado nas condicoes de abertura sem auxilio e sem dor, abertura maxima sem auxilio, abertura maxima com auxilio, excursao lateral direita, excursao lateral esquerda e protusao. Nao houve diferenca estatistica significativa na comparacao entre o tratamento com LED e o Controle ao final do tratamento para nenhuma das condicoes (p>0,05), assim como na comparacao entre o inicio e final do tratamento com LED (p>0,05). Nao se encontrou estudos, ate o momento, com o uso da fotobiomodulacao utilizando um dispositivo com 18 LEDs vermelhos (660nm) e 18 LEDs infravermelhos (850nm) de forma combinada em uma placa. Esta combinacao pode auxiliar na reducao da dor em individuos com disfuncao temporomandibular, entretanto nao se encontrou melhora na amplitude de movimento de mandibular desses individuos utilizando com o mesmo tratamento Concluimos que a fotobiomodulacao utilizando simultaneamente LEDs vermelhos e infra-vermelhos demonstrou efeito positivo na reducao da dor de individuos com disfuncao temporomandibular apos seis sessoes nao consecutivas.
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