Regeneração natural de Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. em floresta manejada no estado do acre

2017 
Diante da dificuldade de estabelecimento da regeneracao natural de Apuleia leiocarpa em areas de floresta natural sem antropizacao, decidiu-se investigar quais as condicoes que favorecem e limitam o seu desenvolvimento, tendo em vista a vulnerabilidade dessa especie nas diversas tipologias florestais em que ocorre. Para isso, avaliou-se uma area de Floresta apos dois anos da exploracao madeireira no sudoeste da Amazonia Brasileira, localizada no Municipio de Porto Acre, estado do Acre. A populacao de A. leiocarpa foi caracterizada a partir dos dados do inventario florestal pre-exploratorio e, para melhor entendimento do comportamento da especie na area, as especies foram agrupadas em classe diametrica conforme a formula proposta por Sturges. A analise do padrao espacial da especie na area foi avaliada atraves da Funcao K de Ripley, ate a distância de 500 metros, correspondente a metade do menor lado da area. Para avaliacao e determinacao dos fatores influentes e limitantes no seu desenvolvimento, selecionou-se arvores porta sementes com dap acima de 80 cm e com copas frondosas, remanescentes do manejo florestal e distribuidas em duas situacoes distintas: areas que nao sofreram danos das atividades do manejo florestal e areas com danos causados pela exploracao madeireira. Para a avaliacao da regeneracao natural, oriunda da rebrota, foram selecionados tocos de arvores, explorados de forma aleatoria, distribuidos no decorrer de toda a UPA com o objetivo de amostrar diferentes situacoes pos-exploratoria. Os individuos remanescentes da exploracao madeireira com dap acima de 30 cm apresentam distribuicao diametrica irregular, com o maior numero de individuos nas classes intermediarias e estao distribuidos espacialmente de forma agregada. Os mecanismos de regeneracao da especie Apuleia leiocarpa encontrados foram banco de plantas originario da dispersao de sementes e rebrota de partes vegetativas por meio de diferenciacao cambial. Os regenerantes de origem seminal sao dependentes de abertura de clareiras e da escarificacao do solo para desenvolverem-se, eles apresentaram distribuicao em classes de altura com forma exponencial negativa e altura maxima de dois metros. O desenvolvimento da rebrota aos dois anos de idade foi superior ao de origem seminal, apresentando alturas de ate oito metros e circunferencia a 10 cm da base de ate 15 cm, demonstrando-se um eficiente mecanismo de regeneracao da especie.
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