INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA: UM ESTUDO QUANTITATIVO EM UMA CIDADE DO OESTE BAIANO
2019
A sifilis e uma infeccao sexualmente transmissivel (IST), causada pela bacteria gram-negativa Treponema pallidum. De evolucao, cronica essa infeccao pode se manifestar de diferentes formas e estagios (primaria, secundaria, latente e terciaria). Embora o tratamento seja eficaz e de baixo custo, a sifilis ainda e considerada um problema de saude publica em nosso pais (MARQUES et al., 2018; SILVA et al., 2019). Estima-se que no Brasil, 50 mil parturientes sejam diagnosticadas com sifilis a cada ano, o que leva a cerca de 12 mil nascidos vivos portadores da sifilis congenita no pais. Esses dados chamam atencao para a enfase no rastreamento da doenca em todas as gestantes durante o pre-natal, bem como, a implementacao da terapeutica em tempo oportuno, para assim extinguir o risco de transmissao ao feto (LAFETA et al., 2016; SHUBERT et al., 2018). A transmissao via placentaria (transmissao vertical) ocorre quando a gestante infectada, nao e tratada ou tratada inadequadamente. Ressalta-se que o contagio pode ocorrer em qualquer trimestre gestacional ou ainda durante o parto. Por isso, logo que a gestante for diagnosticada, deve-se trata-la, bem como seu(s) parceiro(s) sexual(is). O tratamento consiste do farmaco penicilina benzatina 2.400.000 UI IM, dose unica, para sifilis primaria, secundaria e latente precoce, na sifilis latente tardia ou indeterminada, 01 dose por semana, durante 03 semanas (MARQUES et al., 2018; SHUBERT et al., 2018). A sifilis, tanto na gestante, quanto congenita, e um agravo de notificacao compulsoria, conforme a portaria no 33, de 14 de julho de 2005, do Ministerio da Saude (MS). Tal notificacao visa avaliar a amplitude e danos da infeccao do T. pallidum em gestantes e seus conceptos. Desse modo, a identificacao do perfil epidemiologico das pacientes infectadas permite a criacao de estrategias de saude que promovam a intervencao e manejo precoces. Todavia, ressalta-se que a subnotificacao dos casos e frequente (BRASIL, 2005; LAFETA et al., 2016; MARQUES et al., 2018; SHUBERT et al., 2018). Nesse sentido, objetivou-se por meio desse estudo, investigar o quantitativo dos casos de sifilis congenita, em uma cidade do oeste baiano, durante os anos de 2008 a 2018. Estima-se que, indiretamente, este trabalho auxilie no planejamento e elaboracao de formas alternativas de intervencoes especificas ao contexto epidemiologico local.
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